O que é a hipnose e por que não é necessário ter medo dela
Área de atuação da Saúde ficou popular por causa do entretenimento de palco
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Um, dois, três… Você está hipnotizado e lerá esta matéria até o final! Muito se fala sobre a hipnose, por ser uma prática desconhecida para muitos e cheia de mistérios para outros. Recentemente, Pyong Lee, hipnoterapeuta que está participando do reality Big Brother Brasil, levantou um debate nas redes sociais, além de memes: “será que ele está hipnotizando todo mundo para ganhar o programa?”. Brincadeiras à parte, ou não, a Associação Britânica e Americana de Medicina coloca a prática como ferramenta terapêutica desde metade do século passado. “No Brasil, iniciou-se em 1955 como tratamento da dor pelos dentistas. Posteriormente, como tratamento para ansiedade, fobias e outros por médicos em geral. Utilizada para entretenimento de palco, por leigos, é a lembrança que mais ficou”, conta Régis Aquino, professor da Escola de Medicina e do curso de extensão em Hipnose Médica.
A hipnose médica é reconhecida e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como terapia médica. Nesta linha, o Ministério da Saúde liberou e custeia no Sistema Único de Saúde (SUS), para atendimento a nível ambulatorial por médicos. “No Rio Grande do Sul, a Escola de Medicina é a pioneira em oferecer um curso de extensão, com teoria e prática, oferecido aos profissionais da saúde”, comenta Aquino.
Mas como usar a hipnose?
O professor explica que a hipnose é utilizada por psiquiatras como coadjuvantes às condutas e fármacos psiquiátricos para diferentes finalidades. “Com os psicólogos, para a ansiedade. Por dentistas, como substituto dos anestésicos locais no tratamento odontológico. Por médicos em geral, como relaxante muscular, tratamento da dor aguda e crônica e outras aplicações. Em nosso meio só não é mais utilizado por falta de conhecimento devido à escassez de cursos especializados”, conta.
Curiosamente, não existe uma fórmula para hipnotizar alguém. O processo tem duração variável e diferentes estágios de transe, que vai desde o qual o paciente está totalmente acordado, a um quase sono. “Requer concentração e a vontade do hipnotizado em fazer a mente dominar o corpo na direção focada como, por exemplo, parar de fumar ou reduzir a ansiedade perante uma determinada situação. Não há nenhum risco do hipnotizado revelar ou fazer algo que não queira”, afirma Aquino.
O estudo da hipnose é essencial
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O profissional da saúde, para ter um bom aproveitamento do processo hipnótico, deverá ter um sólido conhecimento teórico e prático desta ferramenta e de suas indicações e limites. “Como se trabalha com a mente em relação a sentimentos diversos, como raiva e ansiedade, é preciso uma abordagem estudada. Daí a necessidade da preparação de um profissional através de cursos”, alerta o docente. É sempre importante ressaltar que qualquer sessão de hipnose deve ser conduzida por um profissional devidamente capacitado.
O curso de extensão em Hipnose Médica
Um dos maiores destaques do curso se dá pelo fato de a Escola de Medicina ser a pioneira desta iniciativa. “Focaremos em médicos, odontólogos, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. É uma grande oportunidade para que diferentes profissionais da saúde se habilitem e possam utilizar a hipnose como ajuda aos seus pacientes”, destaca Aquino. Na sua segunda edição, o curso tem início em 12 de abril e vai até 4 de julho de 2021. Inscreva-se clicando aqui e comece suas aulas ainda neste semestre.