01/02/2022 - 14h59

Recursos aprovados pela Ancine somente em janeiro correspondem a 60% de todo recurso de 2021

2022 promete ser o ano da retomada do audiovisual brasileiro. Em janeiro, observamos um movimento de incentivo para o setor, que foi fortemente impactado pela pandemia. A diretoria colegiada da Agência Nacional do Cinema (Ancine) aprovou a liberação de R$72,1 milhões em recursos incentivados. O volume corresponde a 60% do total que foi liberado em 2021, e dá boas pistas do desenho da política audiovisual em curso.

Prof. Dr. Aletéia Selonk

Segundo Alex Braga, diretor-presidente da Ancine, os números confirmam o ritmo de retomada das produções e investimentos. “Mais que isso, confirmam que as leis de incentivo devem recuperar sua relevância na política audiovisual. A eficiência desses mecanismos é historicamente comprovada em bilheteria e audiência”.

Aletéia Selonk, professora doutora da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da PUCRS, destaca que 2022 marca uma espécie de retomada para o mercado audiovisual brasileiro, que verá suas produções serem novamente realizadas em todos os estados do Brasil. “As produtoras com projetos viabilizados estão bem conscientes sobre os protocolos do audiovisual e, com isso, as equipes profissionais, elenco e empresas do setor voltam com tudo. Os novos projetos passam a ter as plataformas de streaming como parceiros de exibição e de financiamento. Todo o setor acompanha com atenção a mobilização política para o audiovisual, já que a área ficou carente do funcionamento das suas políticas públicas”, explica a professora.

 

 

Perspectivas para os próximos 3 anos

De acordo com a 22ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2021-2025 da PwC, o mercado de E&M no Brasil  deve crescer 4,7% até 2025 e 5% ao ano. Em valores, o setor vai chegar a US$38 bilhões. O levantamento analisou 14 segmentos do setor em 53 países, entre eles Consumo de Dados, Publicidade Digital e na TV, Vídeo OTT, Cinema, Acesso à Internet e Games. Em 2020, o Brasil cresceu menos que o mercado global pela primeira vez, e a previsão é de que só supere a média mundial novamente a partir de 2023.

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