Quando a memória falha, é Alzheimer?

Atividade online promovida pela PUCRS abordará como retardar o avanço da doença, ter qualidade de vida e os novos tratamentos

17/06/2021 - 09h13
Quando a memória falha, é Alzheimer? - Atividade online promovida pela PUCRS abordará como retardar o avanço da doença, ter qualidade de vida e os novos tratamentos

A ciência tem sido uma importante aliada na busca por novos tratamentos para Alzheimer / Foto: Anna Schvets/Pexels

Apesar de a Doença de Alzheimer não ter cura, o seu diagnóstico não é uma sentença. Quanto mais cedo é identificada, melhor é a sua resposta aos tratamentos. O Instituto Alzheimer Brasil (IAB) estima que mais de 45 milhões de pessoas tenham algum tipo de demência no mundo e que esse número irá dobrar a cada 20 anos. 

No País, dentre a população com mais de 60 anos, cerca de 2 milhões têm Alzheimer (a demência mais comum), de acordo com o IBGE, sendo também o grupo de maior incidência. 

Para tirar dúvidas sobre o tema e apresentar as novidades na área, no dia 30 de junho, às 15h, acontece o bate-papo online Quando a memória falha, é Alzheimer? pelo canal da PUCRS no YouTube, promovido pela Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati). 

O convidado para o encontro é o médico neurologista Lucas Schilling, que também é professor da Escola de Medicina da PUCRS e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer). 

Afinal, o que é Alzheimer? 

O médico explica que a Doença de Alzheimer hoje é compreendida como um processo biológico progressivo, onde há o acúmulo de proteínas (Beta-Amilóide e Tau) no cérebro de pacientes. Esse processo leva à neurodegeneração e ao comprometimento cognitivo. Segundo o neurologista a ciência tem sido uma importante aliada na busca por soluções: 

“Em termos de tratamento, existe a perspectiva de que em um futuro próximo tenhamos medicações específicas para evitar o acúmulo dessas proteínas no cérebro dos pacientes com Alzheimer. Dessa forma, teríamos terapias mais efetivas e promissoras para o tratamento da doença”. 

Os biomarcadores (que indicam a presença de alterações características da doença) são um dos grandes avanços na área e vem contribuindo para um melhor entendimento sobre Alzheimer. 

Leia também: InsCer lidera projeto para a produção de radiofármaco inédito no Brasil 

Convivendo com a doença 

Quando a memória falha, é Alzheimer? - Atividade online promovida pela PUCRS abordará como retardar o avanço da doença, ter qualidade de vida e os novos tratamentos

O Brasil pode ter 4 milhões de pessoas com Alzheimer em 2050 / Foto: Pexels

As demências são sintomas cognitivos e sociais que afetam nas atividades do cotidiano por interferirem em funções do cérebro, como a memória e o discernimento. Lucas ressalta que além da idade, outros fatores podem influenciar no desenvolvimento de Alzheimer e até mesmo no agravamento da doença: 

“São questões relacionadas ao estilo de vida, como a prática de atividades físicas, ter uma alimentação adequada, evitar tabagismo e álcool em excesso e controlar os fatores de risco cardiovasculares (como hipertensão, diabetes e colesterol elevado)”. 

Um estudo realizado pela UFPEL neste ano mostra que o Brasil pode ter 4 milhões de pessoas com Alzheimer em 2050 e que população negra tem menor acesso ao diagnóstico. Além disso, a doença pode desencadear quadros de depressão, como tristeza e problemas emocionais. 

Salve na sua agenda 

Ative o sininho no YouTube e recebe o lembrete para a live Quando a memória falha, é Alzheimer? que acontece no dia 30 de junho, às 15h, pelo canal da PUCRS: 

Compartilhe

Outras notícias Veja todas as notícias

  • Últimas publicadas
  • Mais lidas