Jogadores interagiram com participantes e alunos do projeto de AMA
Atletas da equipe sub-19 do Grêmio participaram de uma ação do projeto de Atividade Motora Adaptada (AMA), do curso de Educação Física, da Escola de Ciências da Saúde. Na última quinta-feira, 6 de junho, os jogadores e os participantes do projeto desenvolveram diversas brincadeiras e atividades lúdicas, como corridas e jogos com bola, todos adaptados e realizados em dupla. Toda a programação foi planejada e acompanhada de perto pelos alunos do curso e pela professora que coordena o projeto, Fernanda Faggiani.
O projeto atende pessoas com deficiências múltiplas, como intelectual, física e auditiva, e que tenham entre 14 e 55 anos. Para Fernanda, o futuro educador físico precisa viver na prática a relação com os diferentes públicos: “Trazendo pessoas com necessidades especiais e atletas de alto rendimento para trabalharem em conjunto, é possibilitado ao aluno se adaptar as diversas realidades reais da profissão”, aponta.
Fernanda lembra que o principal objetivo da atividade é a inclusão de públicos distintos, para que todos possam aprender juntos. Para ela, a interação ensina a lidar melhor com as frustrações e a valorizar e compreender as diferenças, habilidades e condições de cada um. “Nós acabamos trabalhando muito a questão da empatia, do respeito, da ajuda mútua”, ressalta a professora. O coordenador geral das categorias de base do Grêmio, Francesco Barletta, observa a importância da integração dos jogadores com diferentes pessoas e realidades como essencial. “Acredito que o convívio do atleta de futebol com outras pessoas e de diferentes realidades seja fundamental para o crescimento pessoal e profissional dele”, aponta Francesco.
O projeto de AMA faz parte da cadeira de Estágio em Saúde. Pessoas com deficiências e necessidades educacionais especiais de diversos tipos participam de várias atividades como natação, esportes em grupo, dança e atividades físicas diversificadas. As atividades são desenvolvidas pelos alunos e coordenadas pela professora do curso de Educação Física da PUCRS Fernanda Faggiani. Com orientação, a disciplina proporciona experiência na prática docente para os alunos, que até então viram em teoria como trabalhar com os diferentes grupos. Neste ano, o projeto de AMA completa 15 anos de atividade e já beneficiou em torno de 100 pessoas com necessidades especiais.