Trecho de 11 mil metros quadrados será revitalizado e ganhará áreas verdes

AmbienteIMAGEM: GERÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

Uma avenida em transformação

Diversas intervenções educativas, no meio ambiente e na mobilidade urbana, serão realizas pela PUCRS na Avenida Ipiranga

POR EDUARDO WOLFF

Com aproximadamente dez quilômetros, a Avenida Ipiranga é uma das vias mais largas, extensas e movimentadas de Porto Alegre, tendo o Arroio Dilúvio como divisor de suas pistas. Nela é possível se deslocar do centro para a zona oeste da cidade e vice-versa. Segundo dados da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), nessa região da avenida próxima à PUCRS, a média de circulação ultrapassa 55 mil veículos por dia, nos dois sentidos.

Pela sua importância para o município, a PUCRS está comprometida com diversas intervenções na via para beneficiar a comunidade. “Queremos gerar impacto social, promovendo a conscientização e qualidade de vida, reforçando o nosso tradicional papel de protagonistas em inovação e desenvolvimento, e valorizando a região onde estamos inseridos, a qual se torna cada vez mais relevante para a capital gaúcha”, salienta o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira.

Por isso, de forma pioneira, a Universidade aderiu ao programa de adoção de verdes complementares da Prefeitura Municipal. Num trecho 11 mil metros quadrados, vai revitalizar áreas verdes entre a Avenida Ipiranga, a 3ª Perimetral (Rua Dr. Salvador França) e a Rua Professor Cristiano Fischer, com a proposta de valorizar essa importante região da cidade, atualmente em expansão. A manutenção e a conservação do espaço também ficam a cargo da Instituição.

Nessa aérea, haverá um novo paisagismo, composto de mudas cultivadas no próprio Campus, como os casos das espécies grama preta, barba serpente e lambari. A ciclovia terá recuos para espaços de descanso, com a instalação de totens informativos e educativos que contribuam com a circulação no local, a segurança e a promoção da qualidade de vida. Já os 38 postes presentes ao longo desse trecho da avenida vão receber intervenções artísticas de diplomados, representando os conceitos de meio ambiente e sustentabilidade.

Monitoramento da água do Dilúvio

No Intox: análise das amostras do Arroio para medir contaminação

FOTO: CAMILA CUNHA

Ao longo de 9,4 quilômetros do eixo da Avenida Ipiranga, o Arroio Dilúvio recebe a drenagem de parte significativa das regiões central e leste da cidade de Porto Alegre. Embora o Programa Socioambiental tenha diminuído significativamente o lançamento de efluentes domésticos por meio da intercepção da rede de esgoto cloacal, uma rede mista decorrente de ligações antigas ainda permanece comprometendo a qualidade de água lançada no Arroio. O lançamento de efluentes com elevada carga orgânica compromete a qualidade ambiental em sentido amplo, impactando de forma significativa, em especial, a fauna de peixes.

Diante desse cenário, o Instituto do Meio Ambiente da PUCRS iniciou as primeiras amostragens que visam a identificar e quantificar as redes de drenagem pluvial com contaminações de natureza fecal, permitindo otimizar a aplicação de recursos para o saneamento ambiental. O monitoramento da qualidade da água ao longo do Arroio Dilúvio, assim como da comunidade de peixes junto à foz com o Lago Guaíba, servem como importantes indicadores de qualidade ambiental, permitindo o acompanhamento da evolução desse ecossistema em avaliações de longo prazo. Pela Universidade, essa iniciativa conta com o envolvimento do Laboratório de Processos Ambientais e o Centro de Pesquisa de Toxicologia e Farmacologia (Intox).

Melhorias na mobilidade urbana

FOTO: BRUNO TODESCHINI

Para contribuir com a mobilidade de motoristas, ciclistas e pedestres, a PUCRS construiu uma ponte em frente ao Museu de Ciências e Tecnologia. A obra tem a extensão de 26,5 metros, com a largura de 13,6 metros. São três faixas de rolamento, uma de ciclovia e uma de passeio. Também possui uma sinalização viária, com sinaleiras, placas e pintura de faixas.

Em uma segunda etapa, ainda neste ano, a ponte servirá de acesso rápido ao Campus da Saúde, que, futuramente, terá uma reestruturação e ampliação na qualidade dos seus serviços. Com uma inversão de sentidos de acesso ao estacionamento, a nova entrada vai facilitar o ingresso dos motoristas ao Hospital São Lucas e ao Instituto do Cérebro, por exemplo. “Essa ponte também vai melhorar o trânsito pela Rua Professor Cristiano Fischer, local aonde o fluxo de veículos também é intenso”, complementa o gerente de infraestrutura da Universidade, Hélio Giaretta.