Pelo MundoFoto: SCHUTTERSTOCK

Missões internacionais para interpretar o mundo

Prática permite a alunos de graduação vivenciar a profissão no exterior

Por Vanessa Mello

Vivenciar hábitos e comporta­mentos novos, a cultura e o mer­cado local em diferentes cidades do mundo. Ter contato com conceitos, pontos de vista, aplicações e proce­dimentos utilizados em ambientes multiculturais. Fazer networking e conviver com profissionais da sua área. Entender como a formação que busca no Brasil acontece em outras realidades. As missões técnicas são uma forma de internacionalização da Universidade e possibilitam aos estudantes de graduação visitar insti­tuições de ensino, empresas e outras organizações de relevância acadêmi­ca e profissional em diversos países.

Em 2019, a PUCRS fortalece essa prática para estimular e comple­mentar o aprendizado. Assim como mobilidade acadêmica, disciplinas em inglês, dupla diplomação e com­petições internacionais, as missões oportunizam aos alunos vivências no exterior, de forma curricular, com cará­ter de formação continuada.

Uma das premissas do trabalho voltado à internacionalização abran­gente e dos currículos é a globalização do mercado. “Durante a experiência, o aluno pode repensar sua profissão a partir de uma vivência adequada ao currículo da formação proposta”, des­taca a professora Gabriela Wallau, da Coordenadoria de Desenvolvimento Acadêmico.

PARCERIAS

Com expertise em educação, a PUCRS contará com parceiras para de­senvolver a parte logística das missões técnicas internacionais, como esta­dias, voos e deslocamentos. Os professores ou as Escolas podem propor e planejar pedagogicamente a vivência no exterior com a Diretoria de Graduação. O Escritório de Cooperação Internacional auxilia no contato com empresas, instituições e universidades parceiras para atividades, realização de contatos, convênios e elaboração de cartas-convite.

O Centro de Educação Continuada (Educon) faz a mediação entre a Universidade e empresas especializadas em viagens de estudos. “Gostaríamos que todas as Escolas oportunizassem missões técnicas internacionais anuais, não obrigatórias, trabalhando como as profissões são exercidas em um contexto internacional”, comenta a diretora de graduação, Adriana Kampff.

Para a diretora de Educação Continuada, Renata Bernardon, a Universidade está cada vez mais aberta para os modelos e as formas de complementar a formação do aluno, ampliando seu espectro de interpretação de mundo. “Como consequência, abriremos portas para o fortalecimento de parcerias, oportunidades de dupla diplomação, pesquisas em conjunto”, aponta.

Giovani Righi: no local de origem da 4ª Revolução Industrial

Foto: Arquivo Pessoal

Visita ao Vale do Silício

Em fevereiro de 2019, estudantes da Escola de Negócios participaram de uma missão técnica internacional ao Vale do Silício, nos EUA. Durante duas semanas, assistiram a palestras, tiveram aulas, participaram de workshops e visitaram empresas como Apple e Google. Com foco nos principais conceitos de gestão de negócios e exemplos de marcas globais, a missão teve como parceira a escola Stafford House.

Giovani Righi, aluno de Administração – Formação em Empreendedorismo, participou da missão com o objetivo de conhecer melhor o local de origem da “4ª Revolução Industrial” que se vive atualmente. Para ele, essas oportunidades que a Universidade oferece ampliam os horizontes. “Além de um certificado no currículo, a experiência permitiu entender como um modelo de negócio, parti­cular da região, foi fundamental para seu desenvolvimento e está influenciando o mundo”, relata.

Em julho, a Escola de Negócios prepara uma nova missão, desta vez para Toronto e Vancouver, em aproximação com uma escola canadense. O foco será gestão empreendedora e processo de startup. “As missões vão possibilitar cursos conjuntos, trocas de experiências e dupla diplomação, entre outras questões”, revela André Duhá, coordenador das missões técnicas internacionais da Escola.

Histórico das missões

A iniciativa para as missões técnicas internacionais se iniciou em 2015 e foi inserida nas políticas de internacionalização da PUCRS em 2017 pelo Escritório de Cooperação In­ternacional. A institucionalização das missões atende à diretriz de promoção da internacionalização da Universida­de, com criação e oferta de experiên­cias de curta duração, de uma a quatro semanas, para grupos de alunos com acompanhamento docente.

De acordo com a coordenadora executiva do escritório, Heloisa Delga­do, visibilidade da PUCRS, fomento à internacionalização em casa, novas parcerias no ensino, pesquisa e ex­tensão e estruturação de fluxos de internacionalização contempladas nas políticas internas da instituição são alguns dos benefícios.