09/06/2023 - 15h15

Conheça os alunos dos Programas de Pós-Graduação da PUCRS que estão realizando doutorado sanduíche pelo mundo

Vinicius, Caroline, Bernardo e Gisele estão desenvolvendo suas pesquisas em universidades parceiras pelo Programa PrInt

Vinicius está na Universidade do Texas / Foto: Arquivo pessoal

O Programa CAPES-PrInt na PUCRS, tem como objetivo desenvolver e incorporar perspectivas internacionais nos Programas de Pós-Graduação da Universidade, visando a excelência acadêmica e ações efetivas para os problemas globais da sociedade. Com inscrições abertas até 19 de junho, alunos de doutorado da Universidade podem estudar no exterior durante 6 a 12 meses, em uma experiência que permite ampliar seus horizontes acadêmicos e culturais, bem como para aprimorar suas habilidades em pesquisa.

O doutorando do PPG em Ecologia e Evolução da Biodiversidade, Vinicius Freitas Klain, está realizando doutorado sanduíche na Universidade do Texas, nos Estados Unidos pelo Programa CAPES-PrInt, dentro do tema prioritário Saúde no Desenvolvimento Humano. O discente investiga como paisagens antropogênicas podem influenciar na transmissão cruzada de parasitos entre primatas não-humanos, humanos e animais domésticos, com orientação do pesquisador da PUCRS Julio Cesar Bicca Marques.

Com a oportunidade internacional, Vinicius está desenvolvendo sua tese no Primate Molecular Ecology and Evolution Laboratory, com orientação de um dos maiores especialistas em ecologia molecular de primatas, o professor Anthony Di Fiore. O doutorando conta que, no laboratório da Universidade do Texas, ele tem acesso a diversas tecnologias de biologia molecular que são essenciais para completar o objetivo de sua pesquisa, além de ser uma experiência importante para seu desenvolvimento pessoal e como pesquisador.

“Frequentar uma universidade no exterior me permite ter contato com pessoas do mundo todo, incluindo renomados professores e alunos da minha área de estudo. Essa conexão com pessoas de diversas culturas enriquece a experiência do doutorado sanduíche e ajuda a vislumbrar possibilidades de permanência na vida acadêmica após o doutorado”, destacou o aluno.

Caroline está na Universidade de Toronto / Foto: Arquivo pessoal

Estudos sobre saúde bucal no Canadá

Com orientação da professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Sílvia Dias de Oliveira, a doutoranda do PPG em Odontologia, Caroline Bueno, está na Universidade de Toronto, no Canadá, pelo Programa PrInt. As pesquisadoras estão desenvolvendo um projeto relacionando o uso de probióticos como objeto de tratamento de saúde bucal em relação à radio/quimioterapia, um tema relativamente novo e que tem sido alvo de muitos estudos e descobertas recentes em todas as áreas da saúde.

Com a oportunidade, Caroline integra o Laboratório de Microbiologia e Imunologia da universidade canadense, liderado pelo professor Dr. Michael Glogauer, que atua também com o tema dos probióticos. O objetivo do trabalho da doutoranda é produzir e analisar a eficiência dos peptídeos provenientes de uma cepa da bactéria Streptococus salivarius, que serão utilizados como probióticos.

“Graças a esta oportunidade estou ampliando meus horizontes em pesquisa laboratorial, aprendendo novas técnicas que poderão ser empregadas para futuras pesquisas na universidade em meu retorno, a criação de vínculos para parceira em pesquisa com os colegas daqui, além da aquisição de conhecimentos sobre um tema inovador que ainda pode ser muito explorado na Odontologia”, enfatizou Caroline.

Bernardo está na Universidade do Texas / Foto: Arquivo pessoal

Doutorado-sanduíche na área de Inteligência Artificial nos Estados Unidos

Bernardo Consoli é doutorando do PPG em Ciência da Computação da PUCRS e está na Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, para estudar o uso de inteligência artificial para a saúde, com orientação da pesquisadora Ying Ding. O aluno está realizando doutorado-sanduíche com orientação do professor da Escola Politécnica Rafael Heitor Bordini, pelo tema Tecnologia e Biodiversidade. De acordo com Bernardo, o acesso à grandes núcleos computacionais e bancos de dados necessários tem sido importante para desenvolver suas pesquisas.

O doutorando atua em projetos que focam no uso de ferramentas de entendimento e geração de linguagem natural, como por exemplo o ChatGPT, para auxílio de profissionais da saúde. Essas ferramentas são utilizadas no suporte de decisões médicas feitas por profissionais, para ajudar a administrar fluxo de pacientes em hospitais via, por exemplo, alocação estratégica de leitos e previsão de tempo de estadia, e também para auxiliar pacientes a melhor descreverem seus sintomas e sentimentos para que profissionais obtenham mais informação mais rapidamente sobre seus casos.

“A experiência tem proporcionado diversas conexões cultivadas pela minha orientadora no exterior e pela Universidade importantes que me permitem avançar ainda mais minha pesquisa. O objetivo desta oportunidade é trazer de volta as técnicas que aprendi para o ambiente clínico brasileiro, de tal forma que possa auxiliar no desenvolvimento da nossa pesquisa na área de inteligência artificial na saúde nacional”, finalizou Bernardo.

Gisele está na Universidade de Lisboa / Foto: Arquivo pessoal

Pesquisa em Letras na Universidade de Lisboa

A doutoranda Gisele Caroline Seeger da Silva do PPG em Letras da PUCRS está desenvolvendo sua tese sobre a (des)figuração da personagem na narrativa portuguesa do século XX e as suas relações com a interrogação do mundo e do humano na Universidade de Lisboa, em Portugal. A aluna está realizando doutorado-sanduiche pelo PrInt, dentro do tema Mundo em Movimento, com orientação do professor da PUCRS Paulo Ricardo Kralik Angelini e a professora portuguesa Helena Carvalhão Buescu, do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras.

De acordo com a estudante a experiência na Universidade de Lisboa tem permitido a sua participação em atividades curriculares e conferências que acrescentam em sua formação teórica. Assim como, a estrutura de uma das principais instituições de ensino de Portugal tem oportunizado o acesso as bibliotecas, as livrarias, os museus e os acervos nacionais, permitindo que Gisele acesse críticas dos autores cuja obra tem analisado.

“Desenvolver parte da minha pesquisa na Universidade de Lisboa tem sido uma das experiências mais enriquecedoras do meu percurso acadêmico e pessoal.  Além disso, a oportunidade de estudar a literatura portuguesa in loco – em contato direto com as paisagens, o sotaque, a música, os aromas e os sabores de Lisboa – só tem feito reafirmar o meu imenso apreço pela minha área de trabalho e o desejo de compartilhar tudo o que aqui tenho aprendido com os meus colegas e os meus futuros alunos”, relatou a doutoranda.

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