ThoughtWorks e Hardfun, do Tecnopuc, propuseram desafios para os estudantes ao longo do semestre
Uma proposta cada vez mais presente nas universidades, pensando na preparação para o mercado de trabalho, é o incentivo a pensar e criar soluções para problemas do cotidiano. Em parceria com as empresas ThoughtWorks e Hardfun, localizadas no Tecnopuc, a disciplina Projeto Desafios do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear) desafiou os/as alunos a criar novas abordagens a partir de suas capacidades técnicas.
Respectivamente, com as provocações sobre “Como reduzir a desigualdade e promover a inclusão e a diversidade na área de TI?” (ThoughtWorks) e “Como provocar transformações efetivas na educação por meio da mobilização digital?” (Hardfun), os/as estudantes foram inspirados a colocar as ideias em práticas ao longo do semestre.
Para que novas soluções sejam criadas, os/as alunos são estimulados a pensar em possibilidades, construindo novas perspectivas de maneira colaborativa. Com o acompanhamento das empresas, contando com a curadoria e direcionamento metodológico proposto pelo Idear, são trabalhadas ferramentas como canvas, mapa de empatia, pitches e design thinking.
Para Valentina Silva Alvorcem Pinto, aluna da Escola de Direito da PUCRS, participar da disciplina foi uma vivência diferente. “Me mostrou como é importante planejar e pensar em todas as características do produto para o seu sucesso”. A solução proposta pelo grupo de Valentina, denominada TechAluno, busca utilizar conceitos de jogos para criar uma plataforma de ensino formal, respondendo ao desafio proposto pela Hardfun. Também participaram do projeto os colegas Carlos Roth, do curso de Serviço Social; Eduardo Soares, do Design; William Mocellin Candaten; da Educação Física; Lorenzo Antinolfi e Kevin Kopper, da Administração.
Felipe Zanini, aluno do curso de Escrita Criativa da Escola de Humanidades, propôs uma plataforma de apoio às escolas públicas com a ideia de fomentar parcerias entre o setor público e o setor privado, o Nó direito. “A instituição precisa se cadastrar, explicar a sua necessidade, e depois disso o parceiro escolhe como ajudar. Podem ser doados bens materiais ou a prestação de serviços”, pontua Felipe. Para ele, o ponto alto da disciplina foi a capacidade de gerar aspectos práticos. “Não é só montar o projeto, tem que passar por diferentes etapas para criar algo que seja realmente viável”, destaca.
Em relação ao desafio de diversidade proposto pela ThoughWorks, o aluno Ramiro Araujo Gonçalves de Lima, do curso de Engenharia de Software da Escola Politécnica, desenvolveu o conceito de ferramenta que conecta a educação com a diversidade. “A Redi tem o objetivo de ser uma plataforma que oferece cursos e serve como uma rede onde as minorias se sintam incluídas e possam trocar informações, conhecimento”, destaca Ramiro. Para Francine Ferreira, representante da ThoughWorks na disciplina, a solução em rede tem potencial. “Acredito que todas as empresas tenham o desafio da diversidade, mas precisamos unir esforços a fim de transformar socialmente o ecossistema e a área como um todo”, comenta.
Outra solução proposta busca promover a educação e a inclusão de mulheres no mercado de Tecnologia da Informação. Segundo a pesquisa realizada por Bruna de Abreu Soares, aluna do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, é muito comum que as mulheres se sintam intimidadas em ambientes educacionais: “Elas não são incentivadas a estudar ciências exatas de maneira geral. Fizemos pesquisas, entrevistas e existe uma evasão muito grande. Normalmente são 30 ou 40 homens na sala e às vezes só uma mulher, isso não é um ambiente favorável”, destaca.
Além da Bruna, o grupo também foi composto por Júlio Gabriel Moreira Roch, do curso de Engenharia Civil; e Marco Aurélio Schröder Pfeifer, do curso de Engenharia de Computação, ambos da Escola Politécnica.
Francine avalia que o cenário tende a ficar ainda mais complexo depois da pandemia. “Essa nova estruturação da educação demanda uma série de recursos online e estamos em um País onde 25% da população não tem acesso a internet”, enfatiza.
A ministrante Katine Basso Fasolo, professora da Escola de Negócios, comenta que a disciplina “foi uma experiência de aprendizado, divertida e super enriquecedora para todos os envolvidos. A participação das empresas motivou os alunos e isso fez toda a diferença no resultado”.
Para a ministrante Gabriela Cardozo Ferreira, também da Escola de Negócios, complementa que “a disciplina proporciona que aluno/as aprendam por meio da experiência, desenvolvendo uma solução inovadora com impacto social. Neste semestre houve um componente extra de realidade, já que partiu de desafios que as empresas enfrentam”.
Ao final do semestre os alunos receberam sugestões e encaminhamentos com participação do Track Startup, com o objetivo de incentivar que os projetos saiam do papel. Para o próximo semestre, as matrículas estão previstas entre os dias 27 e 30 de julho e, em caso de dúvidas, você encontra mais sobre a disciplina aqui.
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