A startup vencedora oferece soluções para detectar ameaças de intrusão em sistemas de Internet das Coisas (IoT)
A solução proposta pela Sec4IoT venceu a 8ª edição do Startup Garagem, o Programa de Modelagem de Negócios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A iniciativa, que tem como objetivo detectar ameaças de intrusão em sistemas de IoT (Internet das Coisas), nasceu na Escola Politécnica da Universidade. O professor Fabiano Hessel, a partir do seu grupo de pesquisa, e os doutorandos Taciano Ares Rodolfo e Francisco Assis Moreira do Nascimento, transformaram as pesquisas desenvolvidas na academia em um produto, levando os resultados do que é estudando para a sociedade.
A equipe recebeu um fastpass para o programa Digital, do Sebrae, e para o Pré-Startup do Tecnopuc (programa com duração de 1 ano, que impulsiona o desenvolvimento das startups por meio de workshops, meetups e mentorias), dispensando as etapas de inscrição, avaliação e banca de seleção. Assista o Pitch Day completo neste link.
De acordo com Hessel, existe na Escola uma filosofia de desenvolver trabalhos que gerem benefício para a sociedade. “É uma busca incessante do grupo de pesquisa de transformar aquilo que desenvolvemos como pesquisa acadêmica em produto”, destaca. Há mais de 10 anos o grupo estuda a questão da segurança em IoT, e a oportunidade de participar do Startup Garagem surgiu a partir do projeto do doutorando Francisco.
“Ele propôs um método diferente para a promoção de segurança em dispositivos de IoT, focando em dispositivos próximos aos usuários. Não está relacionado ao cloud computing, por exemplo, pois temos grandes players com a solução no mercado. A nossa proposição é complementar, não excludente. Eles ainda não têm essa solução para dispositivos chamados de borda, como smart TV, carros conectados, dispositivos médicos”, salienta o professor.
Hessel comenta que a equipe nunca tinha passado por um processo mão na massa. “O Startup Garagem foi um desafio muito grande para nós. Primeiro pela intensidade, e segundo porque o que aprendemos é que a tecnologia não é a primeira coisa. Tens que pensar muito mais no negócio como um negócio”, conta. A partir dos encontros, a equipe começou a entender porque alguns projetos não vão adiante. “Participar como alunos, com a bagagem de pesquisa que temos, foi algo fantástico. Aprendemos muito em três semanas participando do processo por dentro”, finaliza.