Professores representam a PUCRS em seminário na China

Samuel Greggio e Sabrina Marczak embarcaram para o continente asiático em junho

02/07/2018 - 15h24
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Foto: Arquivo pessoal

Os professores Samuel Greggio, da Escola de Ciências da Saúde e Instituto do Cérebro do RS (InsCer) e Sabrina Marczak, da Escola Politécnica, estão representando a PUCRS no Seminário de Língua e Cultura Chinesa para Brasileiros 2018, em Pequim, promovido pelo Ministério do Comércio da República Popular da China. O evento de imersão ocorre de 12 de junho a 12 de julho, no Colégio de Língua e Cultura Chinesa de Beijing e conta com a participação de 40 brasileiros das mais diferentes áreas e instituições.

A PUCRS, por meio da Assessoria de Cooperação Internacional, recebeu duas bolsas da professora Ana Quiao, diretora do Instituto Confúcio da PUC-Rio e representante da Embaixada da China, sendo a primeira vez que a instituição é agraciada com esse tipo de bolsa para professores-pesquisadores.

O programa contempla diferentes aspectos culturais da China, como aulas de mandarim, artes (dança, pintura, ópera, etc.) e costumes, intercalados por visitas aos principais pontos históricos de Pequim, tais como Cidade Proibida, Palácio de Verão, Praça Tiananmen, Grande Muralha, entre outros. Além de visitarem a capital chinesa, na última semana do seminário, os professores viajarão para Hangzhou, Wuzhen e Xangai, retornando à Pequim de trem-bala.

 

Vivenciando a cultura chinesa

Sabrina conta que alguns hábitos em sala aula têm chamado sua atenção. “Ser pontual na China significa chegar cinco minutos antes do horário marcado. O respeito ao professor também é muito interessante, pois ele é considerado alguém especial por se dedicar a ensinar os outros”, conta a professora.

Greggio comenta que a experiência tem oportunizado uma total reconstrução da imagem da China. “A cultura é extremamente rica em todos os aspectos, uma vez que a população provê de uma das mais antigas civilizações. Somente em relação à escrita, tem-se o registro de que o ideograma mais antigo é datado em 3.400 anos”, adiciona o docente.

Além disso, os chineses são extremamente orgulhosos de sua cultura. Sabrina conta que, por exemplo, em feriados ou no período de férias, onde o povo chinês descansa com suas famílias, é tradição fazer-se “arte em papel”, que são recortes que expressam o quão feliz uma família está na ocasião. “Passamos a notar recortes nas janelas das casas e comércios, pois tivemos a chance de vivenciar na nossa chegada o feriado do Dragon Boat Festival, que celebra a honra do oficial Qu Yuan que se afogou após ser banido da corte do Duque de Chu há mais de 2.500 anos”, comenta.

“A relação entre filhos e pais, alunos e professores, é marcada pelo respeito. Os espaços públicos, como praças, estações de metrô e calçadas, são muito limpos e arborizados. Algo que acontece com recorrência nas saídas de grupo é a curiosidade dos chineses com o nosso grupo bem miscigenado. Eles tiram fotos escondidos ou pedem para tirar fotos conosco”, conta Greggio.

 

Adaptação no país

Hospedados nos dormitórios da Escola de Língua e Cultura Chinesa de Beijing, os professores fazem refeições tradicionais. Os pratos, de acordos com os docentes, diferenciam dos restaurantes chineses encontrados no Brasil. Pimenta e gengibre são os temperos mais marcantes.

O acesso às redes sociais é bloqueado, assim como ao Google. “Uma prática bastante difundida é a utilização de VPN (rede privada virtual) para obter acesso livre à rede. Na China não há Uber, tem-se Didi. Não há WhatsApp, mas sim WeChat. Ambos aplicativos funcionam perfeitamente”, comenta Greggio.

O calor dos meses de junho e julho, variando entre 38 e 40 graus, também tem sido um fator marcante. “Para proteger-se do sol, quando na rua, todos receberam uma sombrinha com tecido à prova de raios UV-A e UV-B, que tem se mostrado muito útil. O protetor solar fator 60 não foi suficiente para proteger contra o sol, então logo todos passaram a adotar essa tradição asiática”, conta Sabrina.

 

Internacionalização em foco

Sobre a oportunidade de viver essa experiência, os docentes se mostram animados. “Aqui estamos tendo a oportunidade de reconstruir a imagem da China. Estou com uma ótima impressão! As possibilidades de interação entre nossas culturas são vastas, seja na academia ou comercialmente”, adiciona o professor da Escola de Ciências da Saúde.

Para Sabrina está sendo especialmente muito interessante observar os fatos e riqueza da cultura deste país milenar em pessoa. “As obras são grandiosas e imponentes, bem como a história que carregam, rica e representativa. Desmistificar o idioma através das aulas tem sido muito interessante para a compreensão da visão geral da língua e da cultura que a mesma carrega”, completa.

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