Em 15 de agosto, celebramos o Dia do Marista: há mais de 200 anos em missão
Um dia para recordarmos (do latim re-cordis – tornar a passar pelo coração) uma história construída por muitas pessoas que dedicaram suas vidas na construção do sonho de nosso fundador, São Marcelinho Champagnat. Ele acreditava que a educação é uma obra de amor.
Nessa sinergia, o valor da solidariedade foi marca fundante, permeando a grande maioria das decisões de seu legado. Mais do que uma formalização que orienta os rumos da Rede Marista, esse valor está vinculado as nossas origens, ao início de nossa missão, há mais de 200 anos. A solidariedade pode ser identificada com facilidade nos primeiros passos de Champagnat e não precisa de grandes elaborações argumentativas para ser justificada como aspecto motivador na origem da Instituição. As diversas dificuldades e desafios que nosso fundador enfrentou evidenciam sua vontade de mudar as realidades e seu inconformismo e sua ação prática diante de alguns aspectos da sociedade que julgava inadmissíveis.
A partir desse valor, “somos comprometidos e perseverantes na busca do bem comum, na promoção e defesa dos direitos. Atuamos, preferencialmente, a serviço dos pobres e excluídos que vivem em situações de fronteira, criando laços de responsabilidade recíproca e equânime na construção da paz e da justiça sendo sinal de esperança no mundo”. (Rede Marista – Documentos Institucionais).
Nós Maristas somos fruto dessas inquietações. Atuamos diariamente para dar vida a esse legado, com olhares sensíveis e atentos às realidades. Em todas as áreas de atuação, somos desafiados cotidianamente por contextos que nos inspiram a sermos exemplos de fé, de compaixão, de responsabilidade, de determinação, de bondade, de discrição, de ternura e de amor fraternal.
Nessa construção efetiva e afetiva para a cultura da solidariedade, precisamos ter claro que:– É necessário conhecer em profundidade nosso mundo em contínua transformação e enfrentar os desafios atuais, sem cair na tentação de responder a perguntas que já ninguém faz;– Precisamos abandonar a cultura dos egos e promover os ecos (ecologia, ecossistema, economia solidária), que reduzem o escândalo da indiferença e das desigualdades; e– Devemos fugir de abordagens paternalistas e buscar empoderar quem não tem voz.
Desse modo, para além das ações pontuais, a solidariedade que queremos potencializar diz respeito a um perceber-se junto aos demais, um compreender os outros como parte de uma mesma comunidade planetária, sólida e ampla, em que somos responsáveis uns pelos outros, especialmente pelos mais frágeis. Para isso, é oportuno e necessário que vivamos e concebamos a solidariedade de modo crítico, construtivo e colaborativo, o que passa pela consciência e corresponsabilidade de todos e de todas. Juntos!
Essa é a solidariedade e o legado que buscamos viver e deixar.
Saiba mais sobre os projetos da Rede Solidariedade desenvolvidos pelo Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS.
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