Projeto liderado pela professora da Escola de HUmanidades, Marília Morosini, aconteceu em parceria com conselho uruguaio
Parceria com o Uruguai discutiu o futuro da educação a partir de uma iniciativa da Unesco para os próximos anos. Reprodução
Um projeto fruto da parceria entre o Centro de Estudos da Educação Superior da PUCRS e do Conselho de Formação em Educação da Administração Nacional de Educação Pública (ANEP), no Uruguai, promoveu discussões sobre o futuro e os desafios da Educação 2050. O projeto aconteceu no formato de Collaborative Online International Learning (COIL), reconhecido pela Columbus Hub Academy.
O tema surgiu a partir de uma iniciativa da UNESCO, na qual faz um convite para toda sociedade para discutir os futuros da educação, tendo como horizonte o ano de 2050. As contribuições serão analisadas e publicadas em um documento sobre os futuros da educação no contexto global.
Coordenado pela professora da Escola de Humanidades e coordenadora do CEES, Marília Morosini e pela professora Patrícia Vieira do CFE/ANEP, grupos de discussão foram formados para refletir sobre os contextos brasileiro e uruguaio ao longo do mês de novembro. Com encontros online, o projeto contou com a presença de estudantes de mestrado e doutorado em Educação (contexto brasileiro) e professores em formação permanente (contexto uruguaio).
Os grupos focais realizados manifestaram convergências tanto nas preocupações como nas esperanças para o futuro da Educação em 2050. As discussões sobre os principais desafios permearam as questões relacionadas aos avanços do uso da tecnologia em todos os setores da sociedade, e a esperança de que as novas gerações tenham a capacidade de fazer um uso crítico, autônomo e responsável das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
As discussões contemplaram ainda a necessidade de respeito às distintas culturas, e o exercício das diferenças, enfatizando a importância de reconhecer o capital humano, sustentado no trabalho coletivo, respeitando o espaço e as características individuais do outro. Outro desafio observado é a formação dos professores para o uso das TICs, por isso, os grupos sugerem que deverá haver uma formação permanente, que busque desenvolver novas estratégias didático-pedagógicas para as necessidades impostas por um contexto em movimento e em constantes mudanças.
O papel dos Estados também foi contemplado nas discussões. Na opinião dos participantes, os Estados deverão empenhar-se em desenvolver políticas públicas que preencham as lacunas existentes e evidentes neste momento pandêmico, especialmente para o uso e acesso às tecnologias digitais, constituídas como ferramentas nos processos de ensino e aprendizagem. Deverá ser garantido a estudantes, famílias e professores, a participação em programas de inclusão digital que visam a inclusão de todos no uso eficaz das ferramentas digitais como inputs educativos.
A defesa da educação como um direito de todos, a necessidade imperativa de respeito e a empatia pelo outro e outras culturas também foram destaque durante as discussões. Os grupos também abordaram a necessidade de promover a autonomia do estudante, preparar o professor para ensinar em novos contextos, transcendendo o disciplinar e navegando pelos limites da resolução de conflitos dentro e fora da sala de aula.
“Os participantes acreditam que será necessário ultrapassar os limites do conhecimento, despertar a curiosidade, originalidade e espírito investigativo dos estudantes através de um encontro pedagógico em que o diálogo, o respeito e as emoções assumem um papel importante, e mediante o aprender pela pesquisa. Trata-se de ensinar de uma perspectiva planetária e construir uma ética da humanidade que ofereça uma educação mais justa e fraterna”, completa Marília.
De acordo com a professora da Escola de Humanidades, a realização de um projeto de colaboração internacional e online com outra instituição promove aos participantes oportunidades de aprendizagem internacional e intercultural mesmo com a permanência no local, permitindo que as vivências de contextos reais e distintos.
“Além disso, um projeto como este potencializa redes colaborativas de ensino, pesquisa e extensão entre as pessoas e instituições participantes, além de possibilitar o desenvolvimento de metodologias de inovação pedagógica no ensino e na pesquisa em educação. Convém destacar ainda que os participantes deste projeto receberão uma certificação internacional da Columbus Hub Academy“, adiciona Marília.
O Collaborative Online International Learning (COIL) refere-se às experiências de mobilidade virtual, ou seja, proporcionar dinâmicas à distância interagindo com as instituições internacionais parceiras. Um COIL pode ser utilizado para desenvolver projeto à distância entre duas ou mais instituições, competências interculturais, habilidades digitais e troca de conhecimento e aprendizagem.
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