05/10/2020 - 14h52

Fratelli Tutti

No túmulo de São Francisco, o Papa assina a Encíclica “Fratelli tutti”, ou seja, Todos Irmãos

Imagem: Vatican News

O nome da terceira Encíclica do Papa Francisco é uma citação direta das “admoestações de São Francisco”: fratelli tutti, ou seja, ‘todos irmãos”. Por isso que ela foi assinada no túmulo de São Francisco, cuja festa comemoramos no último domingo, 04 de outubro. Fratelli tutti, ou seja, todos somos convidados a ler este texto muito bem preparado e distribuído em oito capítulos.

A Encíclica tem como objetivo promover uma aspiração mundial à fraternidade e à amizade social. No pano de fundo, há a pandemia da Covid-19 que – revela Francisco – “irrompeu de forma inesperada quando eu estava escrevendo esta carta”. Mas a emergência sanitária global mostrou que “ninguém se salva sozinho” e que chegou realmente o momento de “sonhar como uma única humanidade”, na qual somos “todos irmãos”. (7-8).

A Encíclica é dividida em oito capítulos. Para o nosso país que está num período de preparação para as eleições municipais do dia 15 de novembro, seria importante lermos com atenção o quinto capítulo que fala sobre “a política melhor”, ou seja, a que representa uma das formas mais preciosas da caridade porque está ao serviço do bem comum. A tarefa da política é encontrar uma solução para tudo o que atenta contra os direitos humanos fundamentais, tais como a exclusão social; tráfico de órgãos, e tecidos humanos, armas e drogas; exploração sexual; trabalho escravo; terrorismo e crime organizado.

A Fratelli tutti se conclui com um apelo e duas orações. Na realidade, o apelo é uma ampla citação do já citado documento assinado pelo Papa e pelo Grão-Imã Aḥmad al-Tayyeb em Abu Dhabi, e diz respeito precisamente à convicção de que “as religiões nunca incitam à guerra e não solicitam sentimentos de ódio, hostilidade, extremismo nem convidam à violência ou ao derramamento de sangue. Estas calamidades são fruto de desvio dos ensinamentos religiosos, do uso político das religiões e também das interpretações de grupos de homens de religião” (N. 285).

Acolhamos este grande presente que o Papa Francisco deixa a todas as pessoas de boa vontade, comprometidas na construção de um mundo pleno de “paz e bem”! Acesse o documento aqui.

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