A prática auxilia na desaceleração da rotina e impacta na saúde mental e no bem-estar
É importante reservar um tempo para cuidar de você. / Foto: Jonathan Heckler
Por que meditar? Em meio a um estilo de vida cada vez mais acelerado e conectado, a meditação pode ser um bom recurso para o cultivo da saúde mental e do bem-estar. Esses exercícios, que podem ser feitos em casa, e estimulam a conexão emocional e de autocuidado. Confira as dicas do Mateus Luis Schäfer, filósofo, líder do projeto de meditação do Centro de Pastoral e Solidariedade.
Para meditar, você não precisa de nenhum equipamento especial para praticar e não há contraindicação, independentemente da idade ou do estilo de vida. Para conseguir se desconectar e iniciar uma jornada de meditação, é necessário persistência e paciência, até que a prática leve ao hábito.
É possível meditar sozinho/a, com um professor, utilizando um aplicativo, assistindo a um vídeo na internet, entre outros. Confira dicas que podem facilitar nas primeiras práticas:
Se é importante, está na sua agenda! Reservar um momento ao longo do dia para se desligar do mundo externo e se conectar com você é muito importante. Pode ser ao acordar, para começar o dia com menos ansiedade e mais foco; no meio do dia, para descansar um pouco das tarefas; ou quando for se deitar, para acalmar a mente antes de dormir. Idealmente, um período de 10 a 15 minutos é um ótimo tempo para começar e trazer pequenos benefícios em relação à atenção e à respiração, mas cinco minutos já são suficientes para permitir uma sensação de tranquilidade.
É recomendado separar um espaço onde você possa se sentar com um pouco de tranquilidade, como uma sala, um jardim, um sofá, sendo possível na própria cadeira do escritório, ou até no carro, após estacionar antes de ir para o trabalho, por exemplo.
Na PUCRS, há diversos espaços para você praticar a meditação. A Universidade oferece a sala de meditação no prédio 15 (sala 327), no Tecnopuc (sala 117, prédio 96C), a Capela (prédio 23) além dos jardins, que são um convite para parar e respirar fundo.
A Universidade oferece diversos espaços para estudantes praticarem meditação. / Foto: Giordano Toldo
Esqueça a postura que costumamos ver por aí, da pessoa sentada em posição de lótus. Essa posição, em especial, exige treinamento prévio. Para quem está começando, ela pode ser bem desconfortável.
Faça alguns breves e leves alongamentos e comece sentando-se em uma cadeira. Pés firmes no chão, mãos sobre as pernas, o queixo levemente levantado. Apenas tome cuidado para que sua coluna fique reta, sem forçar. O importante é que você consiga achar uma postura que te permita ficar relaxado, mas, ao mesmo tempo, desperto e atento.
É importante aprender a dar uma atenção especial a sua respiração, utilizando os pulmões completamente. Deve ser feita uma inspiração profunda, puxando o ar, inflando a barriga e o tórax, e uma expiração lenta e prazerosa.
O controle da respiração pode não ser fácil no começo, o que é percebido durante a prática, mas é importante que seja confortável e sem forçar, para que não se torne um momento desagradável. Um exercício que pode ser feito é contar até quatro na inspiração, e repetir esse tempo para a expiração.
Na meditação tradicional é necessário encontrar um foco para manter a atenção. Geralmente podemos usar um mantra, que é qualquer som, sílaba, palavra ou frase que deve ser repetida várias vezes para exercer um poder específico sobre a mente e que auxilie a concentração para a meditação.
Na meditação cristã é usada a palavra Maranatha. O importante é que você encontre um ritmo confortável para sua respiração, mantendo o foco total no movimento.
É muito comum que surjam diversos pensamentos durante a meditação, e, neste caso, não se deve brigar com eles, mas sim deixá-los vir e depois partir. Jamais vamos “esvaziar nossa mente”, ela é assim e sempre existirão muitos pensamentos. Com o tempo e a prática, fica mais fácil não se prender aos pensamentos.
O Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS disponibiliza diversas iniciativas e conteúdo para quem deseja inserir a meditação na rotina. Entre as atividades estão podcasts, grupos e programas de mentoria. Mais informações sobre as ações podem ser conferidas no site.
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