Missa na Igreja Universitária Cristo Mestre da Universidade, em ação de graças pela passagem do Dia dos Profissionais da Enfermagem e do Serviço Social
Na última sexta-feira, o Hospital São Lucas da PUCRS, junto com seu Serviço de Pastoral e Solidariedade realizaram uma missa na Igreja Universitária Cristo Mestre da Universidade, em ação de graças pela passagem do Dia dos Profissionais da Enfermagem e do Serviço Social. Ao final da celebração a enfermeira Celita Fraporti fez uma reflexão que transmite com muita sensibilidade esse reconhecimento e agradecimento, confira:
“Neste último ano tivemos que repensar a Enfermagem e o Serviço Social. Só em livros e em sala de aula tínhamos conhecimento da palavra e da teoria sobre a pandemia. Em 2020, vivenciamos a dura, brutal teoria descrita. Foi e está sendo o período mais duro e sombrio de nossa jornada profissional. Foram muitos questionamentos que se voltaram para nós, como profissionais que atuamos diretamente com pacientes, com as famílias com colaboradores e colegas.
O que fazer com milhares de pacientes com doenças graves que tiveram seu atendimento interrompido?
O que comunicar centenas de pacientes que tiveram seus exames, sua cirurgia, seu procedimento cancelado?
O que dizer a milhares de ligações recebidas no dia seguinte após inúmeros cancelamentos de procedimentos eletivos?
Como ajudar o paciente que está sozinho, em isolamento em casa e necessita de receitas, laudos atestados para manter sua doença crônica estável?
O que dizer ao paciente que está internado, isolado, sua família também está doente?
O que dizer a nossa equipe que perdeu um colega para o vírus?
O que dizer a sua família?
O que dizer para nossa família?
De uma maneira muito segura, teoricamente responderíamos: é pandemia, é o vírus, não pode circular, não pode entrar no hospital, não pode sair de casa. Mas, assim como fomos provocados e questionados, o NÃO, também não é uma reposta confortável e não no permitimos ou consolamos com o não. Neste sentido fomos protagonistas juntamente com toda a equipe.
Ser ponte da família com o médico.
Ouvir e consolar o paciente por telefone.
Concretizar a telemedicina, possibilitando que por exemplo o paciente de Belém do Para tenha uma consulta com a neuro epilepsia e possa conversar com seu médico da segurança de sua casa e receba pelo serviço de correios as receitas, laudos, atestados nos quais necessita.
Sempre parceiros junto a equipe médica protagonizar e organizar um fluxo para que os pacientes graves crônicos, recebam em sua residência com segurança pelo serviço de correios, laudos receitas e atestados.
Participa ativamente na criação de protocolos seguros para que pacientes possam realizar exames e cirurgias.
Oportunizar juntamente com a equipe multidisciplinar que pacientes graves, com longo período de internação possam ir até o pátio do hospital pegar sol.
Acompanhar a chegada do bichinho de estimação visitar seu dono a meses internado no hospital.
Vibrar, Chorar e torcer muito por cada paciente recuperado.
Participa ativamente na pesquisa da cura do vírus e finalmente a vacina, e com orgulho aplica a vacina, tão desejada pelo universo. Certamente, se questionarmos um profissional de enfermagem ou ao serviço social sobre a inspiração da escolha da profissão a resposta seria… ‘é que eu gosto de ajudar as pessoas’.
Ajudar é amar é cuidar.
O cuidado é mãe, é amor é zelo é preocupação gratificante e incansável jornada de devolver o paciente restabelecido a sua família e participar ativamente para que o vírus não se propague.
Lutamos e cuidamos do mundo como Mães. Diariamente nosso coração pulsa nas mãos pelo nosso paciente, pela sua família, pela nossa equipe.
Parabéns a estes profissionais que se permitiram inovar pela causa maior e mais importante – o paciente.
Coragem e perseverança sempre.
Eterna gratidão a estes profissionais”.
Uma experiência de união, pertencimento e desenvolvimento integral
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