Estudante Ana Daniela Dalmolin representou a PUCRS nas atividades, em fevereiro
Ana (ao centro) e os voluntários maristas visitaram pontos turísticos da cidade. Foto: arquivo pessoal
A aluna Ana Daniela Freitas Dalmolin, da Escola de Direito, representou a Universidade no Projeto Lábrea, ação voluntária desenvolvida na Região Amazônica, em fevereiro. O programa oportunizou o convívio com comunidades amazonenses por meio de atividades pedagógicas e pastorais, estimulando a solidariedade e as trocas culturais. Além da estudante, a cidade de Lábrea, distante 853 km da capital Manaus, recebeu outros quatro colaboradores da Rede Marista, de diferentes instituições.
O time de voluntários foi recebido por irmãos maristas que atuam em Lábrea no dia 1º de fevereiro, com uma reunião de boas-vindas e alinhamento de cronogramas. Hospedados na residência dos irmãos, os colaboradores presenciaram seus esforços para preservar os costumes e a fé indígena. De acordo com Ana, a imersão na realidade local foi completa. “Visitamos aldeias e populações ribeirinhas para viver o cotidiano daquele povo e compreender os dilemas de habitar a floresta amazônica”, conta.
Com o apoio dos moradores, foram elaboradas oficinas e atividades pedagógicas nas escolas da região, incentivando o desenvolvimento e a criatividade das crianças e jovens. O grupo conheceu os hábitos de diversas tribos, como Apurinã e Paumari, e adaptou as propostas do programa às peculiaridades de cada etnia. Ainda, conversam com representantes do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, da Comissão Pastoral da Terra – CPT e da Fundação Nacional do Índio – FUNAI. “Foi possível extrair um panorama dos povos da área, conhecer a história de cada um e entender a dimensão do massacre histórico de alguns grupos”, analisa Ana.
Irmãos maristas recepcionaram os viajantes em sua residência. Foto: arquivo pessoal
A experiência também proporcionou um contato especial com a natureza. Durante a viagem, os voluntários adentraram as matas, avistaram espécies nativas, navegaram pelos rios Purus e Ituxi, e descobriram sabores e texturas da terra. Para a universitária, é preciso pisar em solo indígena para assimilar a importância do cuidado com essas tradições. “Demarcar esses espaços garante a preservação não apenas do passado dessa gente, mas também da floresta. O sentimento é de estar em um lugar sagrado.”
Na mala, a viajante trouxe peças de artesanato local e memórias construídas com a equipe e as tribos. “Voltei mais humilde, mais preocupada com o próximo, mais paciente. Voltei querendo mais de Lábrea.”, reflete. Para quem pretende se tornar voluntário, a mensagem de Ana é clara: “Vá, faça, porque a satisfação de levar alegria aos outros não tem preço. ”
A iniciativa surgiu como resposta aos enunciados do 22º Capítulo Geral do Instituto Marista, que incita voluntários a transpassar barreiras geográficas em nome de seus ideais. A escolha dos participantes aconteceu em diferentes etapas. Analisadas as inscrições, os candidatos foram reunidos na Caju – Casa da Juventude Marista para dinâmicas de grupo. Aqueles que mais se identificaram com a missão da viagem foram acompanhados pela coordenação do Centro de Pastoral e Solidariedade durante os meses seguintes, como forma de preparação para as vivências em Lábrea.
Com cerca de 500 voluntários, a Rede Marista promove experiências de transformação pessoal e social, incentivando o contato com diferentes realidades e colaborando com a construção de uma cultura de solidariedade. O serviço de voluntariado pode ser realizado em entidades cadastradas pela Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) ou outras ONGs. Saiba como participar por meio deste link.
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