Maratona de Inovação estimula estudantes a propor soluções frente aos desafios e transformações da nova era
A pandemia provocada pela Covid-19 levou os sistemas de saúde ao limite e evidenciou a exaustão física, mental e emocional na sociedade. As mudanças na rotina, as incertezas, a ameaça do vírus e a realidade híbrida que se impuseram para a maioria da população impactaram diretamente na saúde e no bem-estar.
De acordo com o estudo One Year of Covid-19, realizado pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial, em média 45% dos adultos nos 30 países analisados perceberam piora na saúde emocional e mental durante a pandemia. O Brasil ficou em quinto lugar entre países com maior impacto negativo, com mais da metade da população (53%) apontando mudanças prejudiciais.
Diante desse cenário, somos desafiados a encontrar novas soluções para o cuidado com a saúde e o bem-estar em uma sociedade híbrida e hiperconectada, com rotinas de trabalho em casa, diminuição do convívio social e o aumento exponencial do tempo em frente às telas. Para estimular a reflexão e a ação frente a essa nova era, a Maratona de Inovação PUCRS (MIP) convida alunos e alunas a serem protagonistas na construção de soluções, investigando desafios reais em diferentes áreas.
Promovida pelas sete Escolas da Universidade, pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear), a MIP acontece entre os dias 23 de agosto e 2 de setembro, de forma online.
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Durante a pandemia, a hiperconexão propiciou o avanço da telemedicina em todo mundo, acelerando uma nova forma de interação entre profissionais de saúde e pacientes. No entanto, o crescimento do uso de tecnologias também propõe desafios. “As teleconsultas nunca estiveram tão presentes e representam um avanço significativo na atenção em saúde. Por outro lado, essa nova era hiperconectada também traz alguns desafios que ainda estamos aprendendo a lidar, como a ampliação da exposição em frete as telas, problemas de sono, ansiedade, sedentarismo e o desenvolvimento de transtornos comportamentais na população”, aponta Rafael Baptista, Agente de Inovação da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
Baptista ainda destaca que, em resposta a esses desafios, poderemos ver a expansão de soluções aliadas à inteligência artificial, às tecnologias vestíveis e à Internet das Coisas (IoT). “Esses conceitos estão cada vez mais presentes e acredito que eles possuem potencial para transformar o futuro na área da saúde. Teremos a possibilidade de ter sensores conectados ao nosso corpo e interagindo com diferentes pontos, inclusive cuidando do nosso bem-estar e enviando dados para profissionais de saúde”.
Agente de Inovação da Escola de Medicina, o professor Giovani Gadonski salienta que a inovação na área da saúde é fundamental para propor soluções frente a problemas enfrentados há muitos anos e a novos desafios, como a Covid-19. “Durante a pandemia, estão sendo utilizadas várias formas de diagnóstico usando inteligência artificial, por exemplo. Desde suporte respiratório na unidade de terapia intensiva até novas formas de reabilitação encontramos ideias inovadoras que trouxeram soluções originais e em tempo recorde”.
O professor também ressalta que diante de uma era cada vez mais complexa e volátil, é primordial o estímulo para que estudantes e profissionais das áreas de saúde desenvolvam habilidades que possibilitem propor soluções inovadoras para as questões que fazem parte do seu cotidiano. “Perceber os problemas que nos rodeiam ou que afetam os pacientes nos possibilita enxergar novas tecnologias e processos que podem ser envolvidos no diagnóstico, prevenção, tratamento e reabilitação de diversas doenças”, comenta.
Para Gadonski, a MIP é uma das maiores experiências que o alunos e alunas da PUCRS podem experimentar ao longo do curso. “A Maratona apresenta múltiplos os benefícios aos estudantes, mas acredito que o mais marcante seja poder interagir com outras escolas da Universidade para pensar em soluções alternativas e originais. Ou seja, poder enxergar os problemas sob a visão de outras áreas, assim como ouvir e considerar soluções desenvolvidas a partir de outros pontos de vista, que precisam ser respeitados”. O professor também considera a MIP uma oportunidade para que alunos e alunas interajam com o ambiente de inovação da PUCRS, criando uma rede de trabalho ampla e diversificada.
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