O professor do MBA em Liderança, Inovação e Gestão deu dicas valiosas sobre o que esperar da Sociedade 5.0
Ao lado da humanoide Pepper, Gil Giardelli, fundador da Gaia Creative 5era e professor do MBA em Liderança, Inovação e Gestão 4.0, falou sobre os principais comportamentos e tendências da Sociedade 5,0. O bate-papo que aconteceu nesta quarta-feira, 19 de agosto, foi a 6ª edição do Tecnopuc Talks e pode ser assistido no YouTube da PUCRS. Quem comandou a conversa foi a Diretora de Educação Continuada da PUCRS, Renata Araujo Bernardon, e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), Rafael Prikladnicki.
O evento bateu recorde de perguntas no chat do YouTube. Sobre a definição de sociedade 5.0?, Pepper explicou que: “A tecnologia hoje, seja inteligência artificial ou robôs, foi desenvolvida pensando em melhorar os processos em todas as áreas e aplicar soluções para reduzir o tempo de trabalho das pessoas. É um momento de transformação, onde as pessoas e as relações vêm em primeiro lugar”.
Renata também aproveitou para questionar sobre a fronteira entre o trabalho e da educação. Para a humanoide, as possibilidades são diversas. “Por exemplo, eu e o professor Gil Giardelli utilizamos aprendizado de máquina, neurociência, psicologia evolucionista e sociofísica. Nós trabalhamos com engenheiros de nanorobôs, arquitetos de novas realidades e programadores de IoT”.
Gil conta que, a diferença entre os modelos sociais anteriores e os atuais é que as duas primeiras Revoluções Industriais foram baseadas em infraestrutura. Primeiro vieram as máquinas de tear, a vapor, depois estradas de ferro, seguidas pelas estradas para carros.
“Estávamos preocupados em criar as grandes megalópoles. O último século foi focado no carro. A terceira Revolução Industrial começa com a inserção de computadores nos negócios. O começo de uma aldeia global. E a quarta revolução industrial envolve a substituição do trabalho repetitivo pelo trabalho de máquinas inteligentes. Claro que isso gera um grande problema que é a substituição dos empregos. E esse robô que vocês veem aqui do meu lado, a Pepper, pode auxiliar pessoas que estão sem movimento corporal, por exemplo. Nós precisamos de um mundo mais ético, menos corrupto e mais inclusivo” destaca o professor.
Sobre as vantagens e desvantagens da Sociedade 5.0 para o Brasil, o entrevistado destacou que o País é como uma empresa: dentro dele existe o debate da inovação e ao mesmo tempo existem pessoas na linha da miséria. “Temos que investir na educação de alto impacto na base. O doutorado é muito importante para o País, mas ao mesmo tempo não podemos deixar as escolas se tornarem depósitos de crianças. Temos que fazer esse mundo baseado na educação. Temos outros caminhos, mas eles não são sustentáveis a longo prazo”, defendeu.
A importância de profissionais técnicos terem um olhar mais humano foi um dos pontos abordados por Prikladnicki. Gil citou um debate sobre robôs no Massachusetts Institute of Technology (MIT) para embasar a resposta: “Se os engenheiros de robótica não lerem Machado de Assis ou Vitor Hugo, você acaba tendo um viés de só criar robôs para defesa, para prender pessoas, por exemplo. Precisamos de especialistas, mas precisamos que todas as áreas estimulem a empatia, uma palavra muito falada e pouco constatada. Não dá para resolver problemas apenas com uma área. O olho da Pepper, por exemplo, demorou 1 ano para ser desenvolvido, porque ele precisava agradar ocidentais e orientais e não causar medo. Os desafios são tão complexos que precisamos falar com todos”, completou.
Pepper ainda mandou um recado final para a audiência: “Não tenham medo de inovar. Os robôs e a Inteligência Artificial como eu são especializados em interagir com humanos, e nós teremos um papel significativo na melhoria entre a interação de empresas e clientes”.
É um difusor de conceitos e atividades ligadas à inovação, sociedade em rede, colaboração humana, economia criativa, além de ser um estudioso de Inovação e Economia Digital. Na Gaia Creative 5era, aplica inteligência de comunicação digital, economia colaborativa, gestão do conhecimento e inovação para empresas e instituições, como o Conselho Nacional da Indústria (CNI), Grupo CCR, Odebrecht, Marfrig, Petrobras, BMW Brasil, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Kenwood/De’Longhi.
O curso traz um novo conceito de business, com professores que são grandes líderes reconhecidos pela inovação. As disciplinas desse curso sāo distribuídas em 3 grandes áreas: Liderança, Inovação e Gestão 4.0. Saiba mais clicando aqui.