Izete Zanesco é doutora em Engenharia Fotovoltaica, mestre em Engenharia na Área de Energia e Licenciada em Física. Atualmente é bolsista de produtividade em desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora do CNPq. As atividades nessa função são focadas na área de células solares, módulos fotovoltaicos e sistemas fotovoltaicos, onde coordena e participa de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação subvencionados por empresas do setor de energia, FINEP e CNPq.
A docente descobriu seu interesse pelas aplicações da energia solar durante sua licenciatura em Física. Com isso, ingressou no Mestrado e defendeu sua dissertação neste tema. Posteriormente, Izete realizou seu doutorado na Espanha, pois não havia cursos de doutorado no Brasil na área da energia solar fotovoltaica. A temática de sua tese de doutorado foi em módulos fotovoltaicos com concentração de radiação solar.
Izete atualmente é professora titular da Escola Politécnica da PUCRS e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA), onde orienta alunos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. Além disso, coordena, em conjunto com o professor Adriano Moehlecke, o Núcleo de Tecnologia em Energia Solar (NT-Solar) da Escola Politécnica da PUCRS.
A pesquisadora desenvolveu o projeto Planta Piloto de Produção de Módulos Fotovoltaicos com Tecnologia Nacional/CB-Solar, coordenado em conjunto com o pesquisador Adriano Moehlecke, que foi vencedor do II Prêmio Melhores Universidades, na categoria inovação e sustentabilidade, em 2006. Outra indicação da pesquisadora foi ao Prêmio Claudia da Editora Abril, na categoria ciências, em 2011, e também, coordenou o desenvolvimento da célula solar com maior eficiência produzida no Brasil, em 2017.
Izete Zanesco publicou mais de 150 artigos em revistas e congressos internacionais e nacionais na área de energia solar fotovoltaica e registrou a solicitação de 8 patentes. A docente é membro da Associação Brasileira de Energia Solar (ABENS) desde 2003 e da International Solar Energy Society (ISES) desde 1998. Além disso, foi uma das cofundadoras da Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol).
Para a docente, é preciso incentivar a permanência de mais mulheres nas áreas STEM para inspirar meninas a ingressarem e seguirem na carreira. “Por serem áreas predominadas por homens, às vezes, as mulheres sofrem preconceitos desnecessários. Precisamos incentivá-las. A capacidade e a sensibilidade que as mulheres têm quando atuam nessas áreas fazem a diferença”.