Fabiana Seixas é Bióloga, Mestre e Doutora em Biotecnologia (UFPel), e desenvolveu seu pós-doutorado como Professora Visitante pela University of Illinois, nos Estados Unidos, na área de genômica do câncer.
Seu interesse na área de pesquisa em câncer surgiu do desejo de contribuir socialmente e enfrentar desafios científicos. A complexidade da doença e o potencial de impacto na vida das pessoas impulsionou Fabiana a aprofundar os conhecimentos acadêmicos em biotecnologia do câncer, buscando colaborações multidisciplinares em projetos de pesquisa. Para ela, a pesquisa em câncer possui relevância global para a saúde e bem-estar das pessoas, motivando-a a dedicar meus esforços para contribuir com avanços significativos nesse campo.
A partir de seu interesse nessa área de pesquisa, Fabiana é líder do grupo multidisciplinar de pesquisa em Oncologia Celular e Molecular (GPO), onde desenvolve pesquisas na área de engenharia genética, terapêutica do câncer e desenvolvimento de novos modelos para estudo do câncer. Além disso, coordena projetos de financiamento público, como o projeto “BCG recombinante como uma alternativa terapêutica para melanoma” (chamada FAPERGS/MS/CNPq 08/2020 – PPSUS); e o projeto “Plataforma de BCG auxotrófico recombinante aplicada a saúde humana e animal” (chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2021 – Faixa B).
Ao longo de sua trajetória acadêmica, Fabiana já publicou 161 artigos em revistas de circulação internacional, 4 livros, 11 capítulos nacionais e 3 capítulos internacionais. Tem o registro de 4 patentes junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Como orientadora principal de pesquisas acadêmicas, já formou 10 doutores e 12 mestres. Foi coorientadora nos prêmios CAPES de teses entre 2011 e 2012 na área de Biotecnologia e atuou como coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (nota 7- CAPES) durante 2012 e 2013. Recentemente, foi presidente da Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) na UFPel (2020-2021).
Atualmente, Fabiana coordena o Laboratório de Biotecnologia do Câncer da UFPel junto ao PPGBiotec e o grupo multidisciplinar de pesquisa em Oncologia Celular e Molecular (GPO). Também é membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências na área de Ciências Biomédicas (2020-2024).
Fabiana identifica que, apesar dos avanços alcançados nos últimos anos em termos de igualdade de gênero na ciência e tecnologia, ainda existem desafios a serem superados para alcançar uma representação mais equitativa. Segundo ela, “precisamos de mais mulheres na ciência, especialmente nas áreas das ciências exatas, engenharias e computação, para promover a diversidade de perspectivas, garantir igualdade de oportunidades, estimular o desenvolvimento social e econômico, combater estereótipos de gênero, impulsionar a inovação e servir como modelos para futuras gerações”. Assim, a inclusão de mulheres nessas áreas é fundamental para enfrentar desafios científicos e tecnológicos de forma mais abrangente e criar soluções mais inclusivas e criativas, permitindo a superação de obstáculos relacionados a estereótipos e acesso à educação, essencial para alcançar uma sociedade mais justa e inovadora. Para isso, é essencial continuar promovendo políticas, programas e iniciativas que incentivem a participação e a permanência de mulheres na ciência.