Ethel Wilhelm é graduada em Química Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria e tem mestrado e doutorado em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica pela mesma universidade. Suas áreas de interesse na pesquisa são a bioquímica e farmacologia, com ênfase na dor, inflamação, e compostos orgânicos de selênio.
Desenvolve projetos que almejam elucidar o papel de enzimas antioxidantes, bioelementos e fatores de risco na detecção de estímulos dolorosos (nocicepção) e doenças inflamatórias, bem como, evidenciar o efeito terapêutico de moléculas antioxidantes, em especial as contendo selênio.
O interesse por essas áreas de pesquisa se deu pela afinidade com os temas e por uma grande preocupação com a qualidade de vida das pessoas, o que gerou o interesse pelo estudo da dor, em especial da neuropatia periférica, quando os nervos periféricos do corpo são danificados ou estão disfuncionais. Atrelado a isso, sua pesquisa busca compreender como o envelhecimento, o estresse, a obesidade e outros fatores de risco contribuem para o desenvolvimento e manutenção de processos dolorosos. Assim, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas com doenças dolorosas, desenvolvi o interesse pelos compostos de selênio, que possuem importante potencial terapêutico.
Em sua carreira acadêmica, Ethel recebeu o prêmio “Para Mulheres na Ciência 2018”, da L’Oréal em parceria com a UNESCO e Academia Brasileira de Ciências, é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq – nível 1D e Membro afiliada na Academia Brasileira de Ciências na área de Ciências Biológicas (2023-2027).
Com relação a representatividade de mulheres em STEM, Ethel acredita que “precisamos de mais mulheres na ciência porque a diversidade é que impulsiona grandes descobertas”, e, especialmente nas áreas das ciências exatas, engenharias e computação, são necessários mais exemplos de mulheres de sucesso, modelos que sirvam de inspiração, capazes de impulsionar a atração de mais meninas e mulheres para atuarem nestas áreas que ainda são predominantemente masculinas. Para Ethel, “é a diversidade de pensamentos e ações que propiciam o crescimento, inovação e o avanço da ciência” e “precisamos continuar buscando a equidade de gênero na ciência, almejando a inserção de mulheres em posições de liderança e permitindo que elas possam estar nos lugares que desejarem/almejarem”.