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Dra. Carla Denise Bonan

Ciências Biológicas
PUCRS
Carla Denise Bonan | Imagem: Joana Heck

Carla Denise Bonan é doutora e mestre em Ciências Biológicas: Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, graduou-se em Farmácia – Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Maria.

A docente estuda mecanismos neuroquímicos e farmacológicos relacionados a doenças neurológicas, como o sistema purinérgico e seus metabolitos. Portanto, seu objetivo é compreender o papel desta sinalização em modelos de doenças neurológicas e como a modulação desta via pode ser útil para o entendimento dos mecanismos destas doenças e o desenvolvimento de novos alvos farmacológicos. Outra área de interesse da docente é o estudo da neurotoxicidade de fármacos, metais e pesticidas em diferentes estágios de desenvolvimento do peixe-zebra por meio da avaliação de parâmetros morfológicos, comportamentais e bioquímicos.

A docente atua como orientadora e supervisora de estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado que hoje atuam em universidades no Brasil e no exterior e no mercado de trabalho. Entre os principais projetos conduzidos, está o Projeto no Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX-FAPERGS) sobre a Neuroquímica e Psicofarmacologia em zebrafish, que permitiu um avanço no estabelecimento de novas abordagens metodológicas e colaboração com diversas universidades. Além disso, faz parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Doenças Cerebrais, Excitotoxicidade e Neuroproteção, onde seu grupo desenvolveu estudos transgeracionais sobre doenças metabólicas e neurológicas em diversos estágios do desenvolvimento do peixe-zebra.

Carla Bonan foi destaque em dois estudos com análises cienciométricas sobre o crescimento de estudos envolvendo o zebrafish na ciência Brasileira. Nestes artigos, a docente e seu grupo de pesquisa são destaques pelo pioneirismo nesta área de pesquisa no Brasil, com importantes contribuições na produção científica e na utilização deste modelo nas áreas de Neurociência e Farmacologia.

Em 2020, Carla foi indicada como uma das 50 pesquisadoras mais influentes na área de Ciências Biológicas pelo projeto Open Box da Ciência. Além das atividades como pesquisadora, atuou com Gestão Acadêmica como Coordenadora de Programa de Pós-Graduação, Diretora de Pesquisa e Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação por 14 anos. A atuação nestas posições, bem como em conselhos e comitês, como o Conselho Superior da FAPERGS, no qual atua desde 2018 representam um enorme aprendizado sobre liderança acadêmica e o cenário da ciência e tecnologia no país e no exterior.

Seu interesse pela pesquisa foi despertado quando realizou Iniciação Científica durante sua graduação em Farmácia, com orientação da professora Maria Rosa Chitolina. Para a pesquisadora, a maior presença de mulheres nas áreas STEM permite ganhos qualitativos em estudos dos mais diversos temas. “Ambientes diversos que explorem diferentes habilidades e características das pessoas permitem o desenvolvimento de ideias mais complexas e criativas. Por este motivo, é fundamental estimular o interesse de meninas e adolescentes para que elas possam trabalhar em todas as áreas que quiserem e busquem posições de liderança em espaços em que há uma menor participação feminina”.

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