Fernanda Bueno Morrone é doutora e mestre em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, possui graduação em Farmácia pela Universidade Católica de Pelotas. A pesquisadora foi diretora de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e, atualmente, é professora titular da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e docente do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, do Programa de Pós-graduação em Medicina e Ciências da Saúde e pesquisadora do Instituto do Cérebro do RS.
Fernanda é membro da Sociedade Brasileira de Farmacologia Terapêutica e Experimental, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do Clube Brasileiro de Purinas. Além disso, é líder do Grupo de Pesquisa: Farmacologia do câncer e inflamação: aspectos bioquímicos e moleculares de novos alvos terapêuticos, onde coordena projetos na área da farmacologia e a relação do câncer com o sistema imune em diversas neoplasias.
O foco atual de investigação da pesquisadora está na interação do sistema purinérgico, radioterapia e resposta imune em modelos de tumores cerebrais e na identificação de novos biomarcadores em exossomos presentes no sangue e na urina. Bem como na busca de novas alternativas terapêuticas relacionados ao câncer de esôfago e tumores do trato urinário.
A professora foi Coordenadora da Comissão Científica da Faculdade de Farmácia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), 2010-2012, Coordenadora do Programa de Mestrado Profissional em Biotecnologia Farmacêutica, PUCRS de 2013 a 2015, e Coordenadora do Setor de Iniciação Científica da PUCRS de 2015 a 2017. Além disso, seus trabalhos receberam diversos prêmios, possui parcerias internacionais e nacionais consolidadas, e captação de recursos continuada, com especial ênfase para o Edital FAPERGS/CAPES – Programa de Internacionalização da Pós-graduação no RS em parceria com a Tübingen University.
Fernanda Morrone ingressou no curso de Farmácia e logo se fascinou com estudos sobre as células e as moléculas para tratar as doenças. Depois de algum tempo a docente atuou como farmacêutica hospitalar na área da oncologia, onde se sentiu impelida a aprofundar os conhecimentos e buscar tratamentos mais efetivos para o câncer. Com isso, Morrone focou na carreira da pesquisa e ingressou no doutorado em Ciências Biológicas: bioquímica, onde estudou a função do ATP, uma molécula de energia e de sinalização celular, e o seu envolvimento no microambiente tumoral e no desenvolvimento dos tumores cerebrais. De acordo com a docente, este processo foi apaixonante e com muitos desafios, e desde lá nunca mais parou de pesquisar.
A pesquisadora conta que as jovens têm se interessado cada vez mais pelos desafios e necessidades da sociedade atual, porém a participação igualitária das mulheres na ciência ainda precisa vencer muitos desafios.
“Os dados mostram que nos últimos anos a proporção de mulheres cresceu entre os pesquisadores, mas ainda permanecem muitas dificuldades. No Brasil as mulheres ainda não crescem em posições de destaque na mesma proporção que os homens, assim, este é outro desafio que temos que enfrentar, sobretudo nas áreas STEM. Penso que devemos estimular os jovens talentos que se interessam por essas áreas, e proporcionar às jovens a possiblidade de desenvolverem as suas habilidades para seguir nessa fascinante carreira de cientista”, finaliza.