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Dra. Patricia C. Salinas

Bioquímica
University College London
Patricia Salinas / Imagem: Joana Heck

Patrícia Salinas é professora na Divisão de Biociências da UCL, com doutorado pela Universidade Americana Oregon Health Science University e mestrado em Bioquímica em uma universidade da Argentina, sua cidade natal.

A professora Salinas desenvolve pesquisas que buscam elucidar os mecanismos moleculares e celulares que controlam a formação e mudanças nas conexões neuronais do cérebro de mamíferos. A partir de suas pesquisas, ela descobriu uma nova função em moléculas de sinalização específicas que promovem a formação de conexões neuronais, constatando que esses sinais podem estar comprometidos no cérebro de pacientes com doença de Alzheimer, resultando em declínio cognitivo.

O interesse de Patrícia por essa área de atuação se deu ao perceber esses novos avanços na compreensão da doença de Alzheimer, que levou a descobrir que moléculas de sinalização específicas estão comprometidas no cérebro com tal doença, e que o aprimoramento desses sinais poderia restaurar a memória em modelos animais com a doença de Alzheimer.

Recentemente, Patrícia se tornou membro do painel de concessão da French National Research Agency (ANR) para Neurociência (2022-2023), e desde 2016 é membro do Conselho de Revisão de Concessões para Pesquisa em Alzheimer no Reino Unido.

Uma de suas publicações mais relevantes para a área da Equidade em STEM foi o artigo intitulado “Igualdade de gênero sob uma perspectiva europeia: mito e realidade (Gender equality from a European perspective: myth and reality)” em uma revista científica influente (2017), onde ela e seu coautor avaliaram dados sobre preconceito de gênero em vários países da Europa.

A professora relata que desde a infância, meninos e meninas são tratados de forma diferente e têm experiências diferentes. De modo geral, os meninos são encorajados a correr riscos e são elogiados por serem excessivamente confiantes, enquanto as meninas são encorajadas a serem modestas e quietas, e são criticadas quando agem “como meninos”. Como consequência, muitos estudos demostram que as mulheres são menos propensas a serem tão confiantes quanto os homens. Assim, Salinas acredita que essa diferença se deva, em parte, a fatores ambientais que moldam os jovens, resultando em claras diferenças de abordagens e interesses. Esse fator pode contribuir para que menos mulheres busquem carreiras desafiadoras em STEM e sejam menos propensas a arriscar. Para ela, “a igualdade de gênero na força de trabalho aumenta a produtividade e a inovação. Para isso, devemos promover a igualdade de gênero desde cedo, conscientizando os pais sobre seus preconceitos, professores, gestores, líderes e políticos”, afirma

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