<

Dra. Mara Helena Hutz

Genética e Biologia Molecular
UFRGS
Mara Helena Hutz | Imagem: Joana Heck

Mara Helena Hutz é graduada em Biologia, mestrado e doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Realizou pós-doutorado na Division of Pediatric Genetics na Johns Hopkins School of Medicine, nos Estados Unidos. É professora titular do Departamento de Genética da UFRGS e atua como pesquisadora IA do CNPq. A docente possui 299 artigos publicados e já formou mais de 40 Mestres e Doutores.

Mara já foi vice-presidente e presidente da Sociedade Brasileira de Genética, sendo a primeira mulher presidente da Sociedade Brasileira de Genética. Em 2010, a professora recebeu o premio SCOPUS-Brasil e em 2020 o premio de Pesquisador Gaucho da FAPERGS. Além disso, foi homenageada do 60º Congresso Brasileiro de Genética (2014) pelas suas contribuições a genética no Brasil. A pesquisadora é membro da Academia Brasileira de Ciências da The World Academy of Sciences – TWAS. Suas pesquisas buscam determinar a diversidade do genoma humano e seus efeitos na suscetibilidade para doenças multifatoriais e farmacogenética.

Mara conta que por muito tempo, a presença feminina foi rechaçada em ambientes que pregam a racionalidade e atuam nas areas STEM. Para a docente, esse movimento foi motivado pela crença de que o gênero feminino é mais delicado e pertence à ambientes de assuntos domésticos. Porém, isso não impediu que muitas mulheres, como a professora, lutassem contra essas crenças e garantissem seus lugares dentro das ciências, da tecnologia e da engenharia.

“As mulheres enfrentam o preconceito, o sexismo e a discriminação na pesquisa. Os desafios começam até mesmo antes dos estudos, na família, onde as meninas não são encorajadas a estudar e a seguir uma carreira em STEM. Dentro da carreira, há poucas mulheres no geral e uma dificuldade de subir na carreira. Ainda existe uma cultura muito masculina nessas áreas, espera-se que você seja extremamente competitiva, que desenvolva atitudes masculinas que não necessariamente a tornam uma cientista melhor. Por isso, precisamos mudar a imagem que as próprias cientistas têm delas mesmas, e a imagem que a sociedade tem desses profissionais. Também acho que precisamos lidar com as nossas próprias inseguranças, nossos próprios medos e considerar que somos realmente capazes de fazer tudo o que um cientista homem faz, pois o Brasil precisa de ciência e a ciência precisa de mulheres.”

Outras Pesquisadoras