O estudo aborda bases neurais da dislexia do desenvolvimento em crianças brasileiras
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), uma das mais importantes agências de fomento à pesquisa no país, deu destaque a um artigo produzido pelo pesquisador do Instituto do Cérebro do RS e professor da Escola de Medicina da PUCRS, Augusto Buchweitz. A matéria está na capa do site da Capes e aborda um artigo produzido pelo pesquisador e equipe sobre as bases neurais da dislexia do desenvolvimento em crianças brasileiras, objeto de pesquisa do projeto ACERTA, que é financiado pela Capes.
O artigo é o primeiro com dados coletados no Brasil com neuroimagem funcional sobre a população disléxica e traz informações inéditas referentes ao funcionamento do cérebro da criança com dislexia. O conteúdo completo pode ser verificado neste link.
Estes dados foram adquiridos devido ao projeto em desenvolvimento no Instituto do Cérebro do RS denominado ACERTA, que surgiu com o objetivo de melhor entender as mudanças que ocorrem no cérebro das crianças em fase de alfabetização e responder ao questionamento de muitos professores e pais: por que algumas crianças desenvolvem transtornos de aprendizagem?
A pesquisa tem sido desenvolvida com o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e já analisou mais de 400 crianças de 9 a 13 anos. Elas receberam uma devolutiva por profissionais de fonoaudiologia, a partir das avaliações de histórico médico, neuropsicologia, leitura e escrita e neuroimagem. “Esta devolutiva ajuda a informar os pais e a escola sobre a dislexia do desenvolvimento e como melhor lidar com esta dificuldade de leitura que fará parte da vida da criança”, esclarece Buchweitz.