O voo dos animais
Há milhões de anos, criaturas extraordinárias voavam no céu com aparências ousadas até para a nossa imaginação. Os pterossauros foram os primeiros animais vertebrados a adquirirem a habilidade de voar. Alguns possuíam cristas e longas caudas, outros eram tão grandes que se assemelhavam em tamanho aos aviões. Toda sua anatomia era modificada e adaptada para voar, principalmente seu quarto dedo da mão, longo e capaz de sustentar uma asa membranosa.
Entre os animais que também manifestaram a capacidade do voo, há insetos, aves e os morcegos, únicos mamíferos que voam. As asas dos morcegos são formadas por retalhos de pele dispostas entre os ossos dos dedos e do antebraço. Já as asas de aves são compostas por penas estendidas por todo o comprimento do braço. Essas características distintas indicam que as asas dos antigos répteis voadores, dos morcegos e das aves (e também dos insetos) não foram herdadas de um ancestral comum, o que representa um exemplo de convergência evolutiva ou evolução convergente.
Observar o voo dos animais serviu (e ainda serve) de inspiração para o homem projetar e construir várias tecnologias relacionadas à aviação. Atualmente, uma equipe de cientistas de Harvard, liderada pelo professor Sridhar Ravi, vem estudando o voo das abelhas para melhorar a estabilidade de microaviões e drones no ar em dias de mau tempo.
Você pode saber mais sobre esse assunto nas exposições Marcas da Evolução, Fluidos e Do Sonho de Voar à Corrida Espacial, no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS.
https://jeb.biologists.org/content/219/21/3465
https://jeb.biologists.org/content/216/22/4299
https://jornal.usp.br/ciencias/pesquisadores-desvendam-enigma-ligado-a-origem-dos-pterossauros/
https://nationalgeographic.pt/historia/grandes-reportagens/1658-pterossauros-bizarras-maravilhas-aladas
https://evosite.ib.usp.br/evo101/IIC1Homologies.shtml