O intrigante tuatara
O tuatara (Sphenodon punctatus) é um vertebrado terrestre nativo da Nova Zelândia e único membro vivo da ordem Rhynchocephalia (Sphenodontia), que compartilhou um ancestral comum com outros répteis há aproximadamente 250 milhões de anos.
Está na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção (de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, IUCN) devido a diversos fatores como perda de seu habitat, predação, doenças e aquecimento global.
Seu nome, que tem origem Maori, significa “picos nas costas” e se refere às dobras triangulares da pele, que formam uma crista ao longo do dorso e da cauda do animal.
O tuatara é uma espécie muito peculiar, visto que apresenta características de linhagens de diferentes grupos de répteis. Apresenta, por exemplo, uma variedade de inovações morfológicas e fisiológicas que resultam numa combinação única de características, as quais são compartilhadas com lagartos, tartarugas e pássaros.
O genoma do tuatara exibe várias inovações genômicas que estão associadas à imunidade, recepção de odores, regulação térmica e metabolismo do elemento químico selênio (Se).
A determinação do sexo dos indivíduos dessa espécie depende da temperatura ambiente durante a incubação dos ovos. Temperaturas acima de 22°C resultam na geração de machos, enquanto temperaturas abaixo de 22°C resultam na geração de fêmeas. Além disso, os machos de tuatara não possuem órgão reprodutor externo, diferentemente de outros répteis como serpentes e lagartos, providos de um órgão copulatório denominado hemipênis.
Predador com uma visão muito aguçada, o tuatara é capaz de capturar presas em condições de luz extremamente baixa. No Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS é possível -conhecer um pouco mais sobre a evolução dos répteis, visitando a exposição Marcas da Evolução.
Referências:
http://reptile-database.reptarium.cz/species?genus=Sphenodon&species=punctatus
https://www.nature.com/articles/s41586-020-2561-9
https://revistapesquisa.fapesp.br/um-tuatara-fossil-no-rio-grande-do-sul/
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2020/08/cientistas-estudam-dna-da-tuatara-especie-viva-ha-250-milhoes-de-anos.html