Coleção de Fósseis

Apresentação

A Coleção de Fósseis do Setor de Paleontologia/MCT-PUCRS possui um acervo amplo, disponível para estudo por parte da comunidade científica nacional e estrangeira. Abrange fósseis do Brasil, com ênfase em material proveniente de sedimentos do Permiano e Triássico do Rio Grande do Sul. Em seu conjunto, representam diversidade de fauna e flora nacional fanerozóica, com diversos holótipos e parátipos. A coleção inclui também material de referência de diversos grupos fósseis provenientes de outras partes do mundo. O acervo possui ainda coleções associadas, com função de apoio às pesquisas realizadas no âmbito da PUCRS/MCT, a saber: réplicas e moldes, esqueletos via seca (neontológica) e didática.

 

Contato

colecoes.mct@pucrs

Tamanho

Atualmente com cerca de 7.200 lotes catalogados

São cerca de 4700 vertebrados, 1500 invertebrados e 1000 plantas fósseis. Em sua maior parte, são fósseis oriundos das regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste brasileiras, provenientes da Bacia do Paraná (formações Santa Maria, Caturrita, Ponta Grossa, Rio Bonito, Rio do Rastro, Rio do Sul, Iratí, Tremembé, etc.), mas também incluindo material de outras unidades sedimentares importantes do Brasil e do exterior (formações Santana, Pirabas, Pedra de Fogo, Waterford).

Material-tipo

  • Holótipos: 11
  • Parátipos: 40

A coleção e o estado do RS

O Rio Grande do Sul é um estado pródigo em termos de registro paleontológico, por apresentar exposições de sedimentos permo-triássicos sem par no Brasil. O MCT-PUCRS privilegia este patrimônio científico por meio de uma rica coleção de fauna e flora fóssil do Estado. Nela, os répteis e sinapsídeos do Triássico (circa 230 maa) representam o elemento central de atenção, porém não sozinhos. Estes dois importantes momentos da história geológica —Permiano e Triássico— possuem um bom registro em nossa coleção por meio de exemplares de vertebrados, invertebrados e plantas. São representantes típicos dos depósitos sedimentares gaúchos os mesossaurídeos (Permiano), cinodontes, dicinodontes e rincossauros (Triássico) e da megafauna (Pleistoceno). Este último grupo inclui espécimes de tatu-gigante do gênero Glyptodon e de preguiça-gigante Eremotherium (Edentata), bem como de mastodonte Haplomastodon (Gomphotheriidae) e do notoungulado Toxodon, típico da América do Sul. Compondo um rico conjunto em diversidade, representatividade geográfica e temporal, a Coleção de Fósseis do MCT-PUCRS permite ao pesquisador desenvolver o seu trabalho de estudo destas biotas em condições adequadas, de modo que possa produzir publicações científicas e promover a ciência no Brasil. Ao mesmo tempo, a coleção serve de base e fomento para as atividades de extensão e divulgação do MCT-PUCRS junto à população local e em apoio ao Turismo do Estado, de transformando a visita à exposição em uma experiência de lazer, cultura e informação.

O Futuro

A Coleção de Fósseis do MCT-PUCRS, assim como coleções paleontológicas em outras instituições, crescem não apenas pelas coletas realizadas e pesquisadores da PUCRS, mas também por meio de intercâmbios com outras instituições. Ao entrar contato com a curadoria do Setor de Paleontologia, o visitante deve ter em mente que intercâmbios deste tipo são possíveis e muito bem vindos, em especial no que se refere a troca de réplicas. A Coleção planeja estender significativamente seu espectro de abrangência por meio de intercâmbios e réplicas de valor científico, bem como (futuramente) modelos digitais. O foco da atenção destes intercâmbios são grupos importantes de vertebrados, tais como Dinosauria, Pterosauria, Aetosauria, Crocodylomorpha e Sparassodonta, entre outros. Em termos geológicos, o objetivo é aumentar a representatividade da amostragem de vertebrados do Permiano (Mesosauridae) e Cretáceo (Archosauromorpha) da Bacia do Paraná. No entanto, o visitante não deve se limitar a estes grupos, discutindo as possibilidades com a curadoria.

Fotos