Coleção de Aves

Apresentação

A coleção científica de aves mantem em seu acervo importante parcela da biodiversidade brasileira. São peles taxidermizadas (“empalhadas”) de diferentes espécies de aves na forma de “múmias”, esqueletos e/ou tecidos que, além de subsidiar pesquisas em taxonomia, sistemática e genética, testemunham a riqueza de aves e a história de um local. Isto porque a cada indivíduo da coleção está associada uma localidade, uma data de coleta e um coletor. Como parte do patrimônio da biodiversidade brasileira os espécimes da coleção de aves têm que ser permanentemente cuidados para nunca deteriorar e este é um dos papéis do curador.

 

Contato

colecoes.mct@pucrs

 

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Tamanho

Número de espécimes: 5.652 indivíduos catalogados
Número de espécies: 687

Alcance geográfico

Tamanho: 5652 vouchers até 11 de janeiro de 2019
Número de espécies: São 687 espécies de 410 gêneros e 86 famílias

Principais grupos

O grupo melhor representado é o dos papa-capins (gênero Sporophila – Thraupidae). Além de peles deste grupo, há farta representação de tecidos sanguíneos, ovos e ninhos. Este grupo possui exemplares de quase todos os estados brasileiros representando bem as variações geográficas subespecíficas. Inclui-se nessas séries colecionadas o tipo de Sporophila beltoni (Repenning e Fontana 2013) e todos os parátipos. Representantes de Rhinocryptidae do gênero Scytalopus são relevantes no acervo e há material abundante. A coleção conta com séries representativas de S. speluncae, Scytalopus pachecoi, S. diamantinensis, S. iraiensis, S. diamantinensis, S. novacapitalis, e Eleoscytalopus psychopompus. A família Rallidae também é bem representada, especialmente com séries grandes de Pardirallus maculatus.
A coleção de tecidos sanguíneos de espécies típicas das formações de Parque Espinilho com destaque para família Furnariidae bem como a maior representatividade de amostras de sangue da população silvestre brasileira de Gubernatrix cristata.
Existe boa representatividade de exemplares de Falconiformes e Strigiformes comuns no Rio Grande do Sul. Entre as corujas de ocorrência escassa destaca-se Strix virgata.
Existem exemplares raros para o sul do Brasil como Diomedea epomophora, Diomedea exulans, Coturnicops notatus, Gallinago undulata, Porzana flaviventer. O albatroz-errante (Diomedea exulans) e o albatroz-real (Diomedea epomophora) são albatrozes mundialmente ameaçados de extinção. Ao que se sabe há poucos registros de espécimes do RS representados em coleções brasileiras, sendo que o indivíduo depositado na PUCRS de albatroz-real é a primeira pele completa da espécie para o Estado. Alguns endemismos estão representados como Cinclodes pabsti (tecido) – endêmica dos campos de cima da serra; Melanopareia torquata – endêmica do Cerrado.

Material-tipo

Holótipos: 4

Espécies – Scytalopus pachecoi, S. diamantinensis Scytalopus gonzagai e Sporophila beltoni

 

Parátipos: 26

Um parátipo de Scytalopus pachecoi; 03 parátipos de Scytalopus diamantinensis; 07 parátipos de Scytalopus gonzagai, 03 parátipos de Scytalopus petrophilus, 11 parátipos de Sporophila beltoni e um parátipo de Formicivora paludicola..

A coleção e o estado do RS

A coleção guarda informação sobre a biodiversidade da avifauna do Estado do Rio Grande do Sul, bem como do Brasil, sendo uma fonte de pesquisa para alunos de pós-graduação, professores e pesquisadores da área de Ornitologia. O acervo é uma fonte fundamental de consulta para o conhecimento, entre outros aspectos, da distribuição das espécies ameaçadas, ou com problemas de conservação para o estabelecimento de Planos de Ação e outras políticas públicas para a conservação de espécies a nível nacional e regional. A coleção, e a consequente pesquisa gerada a partir de seu acervo, é uma referência no Estado para pesquisas na área de Ornitologia, divulgando a Universidade e o Rio Grande do Sul para o resto do mundo – a partir, principalmente, de citações do material aqui depositado em publicações científicas e nas descobertas para a ciência embasadas da utilização do acervo.

Fotos