As “vitaminas D” do nosso corpo em tempos de isolamento
Vitamina D é o termo genérico usado para se referir a um conjunto de moléculas lipossolúveis que têm uma estrutura básica formada por quatro anéis de hidrocarboneto – moléculas constituídas em sua maioria por carbono e hidrogênio. Cerca de dez compostos expressam atividade de vitamina D, no corpo humano. As mais conhecidas são: o colecalciferol (vitamina D3), o ergocalciferol (vitamina D2) e o calcitriol (forma ativa da vitamina D no organismo).
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a vitamina D tem como papel fundamental a manutenção da massa óssea, pela absorção de cálcio e fósforo. Mas também pode ser importante para o sistema imunológico.
Embora o atum, a sardinha, o salmão e alguns cogumelos comestíveis possam ser fontes de vitamina D, a principal forma de produzi-la se dá por meio da exposição ao sol, cujos raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar sua síntese.
Com o isolamento social exigido pela situação de pandemia em que nos encontramos, muitas pessoas estão impossibilitadas de se expor ao sol, mesmo que por poucos minutos. Essa realidade faz com que a população opte pela ingestão de suplementos de vitamina D, muitas vezes desnecessariamente.
Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), entrevistou pessoas em sete capitais brasileiras. A pesquisa indica que 48% dos entrevistados aumentou seu consumo de multivitamínicos, entre eles suplementos de vitamina C e D, durante o período da pandemia.
A faixa etária deve ser levada em conta para estipular o consumo e a suplementação da vitamina D, pois a necessidade de cada organismo varia com a idade. Esse composto deve ser consumido dentro das quantidades determinadas por médicos e nutricionistas, pois seu excesso no corpo pode causar intoxicação e lesões permanentes nos rins, devido ao acúmulo de cálcio. Por isso, a suplementação generalizada de vitamina D não é indicada para a população em geral.
Lembre-se: a automedicação é um risco para a saúde.
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