As mulheres na ciência

As mulheres sempre tiveram um importante papel ao longo da história na ciência, e contribuíram a partir de seus estudos nas mais diversas áreas do conhecimento. Entretanto, muitas dessas cientistas não tiveram o reconhecimento de suas pesquisas.  Por isso, é importante conhecermos um pouco mais de suas contribuições à ciência.

Florence Nightingale (nascida em Florença, no ano de 1820) foi a fundadora da enfermagem moderna, criando a “Teoria Ambientalista”, que trata dos procedimentos de higienização e cuidados com os pacientes em hospitais, os quais são utilizados até hoje.

Rosalind Elsie Franklin (nascida em Londres, no ano de 1920) desenvolveu estudos sobre as microestruturas do carbono e do grafite eteve um papel crucial na descoberta da estrutura do DNA, juntamente com James Watson e Francis Crick, os únicos pesquisadores que acabaram recebendo o mérito pela descoberta.

Valentina Tereshkova (nascida na Rússia, em 1937) foi a primeira mulher a viajar no espaço. Em 16 de junho de 1963, a bordo da espaçonave Vostok 6, completou 48 órbitas ao redor da Terra em 71 horas.

Augusta Ada Byron King (nascida em Londres, em 1815), também conhecida como Ada Lovelace, foi considerada a primeira pesquisadora a criar um algoritmo para computador, ainda no século XIX.

Marie Sklodowska Curie (nascida na Polônia, em 1867) cresceu em uma família humilde e se tornou a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel de Física (em 1903), além da primeira pessoa (e única mulher) a ganhar dois prêmios Nobel em áreas diferentes (também ganhou um de Química). Marie realizou muitas pesquisas sobre radiação. Foi ela quem descobriu os elementos químicos rádio e polônio.

Recentemente, uma pesquisadora brasileira foi a primeira mulher a ganhar o prêmio da Sociedade Brasileira de Física. A professora Yvonne Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), ficou com o prêmio devido a seus estudos em cristalografia de raios X. Pioneira em atividades de pesquisa na área de cristalografia de raios X, Yvonne tomou uma direção contrária à tendência da época em que a maioria dos físicos brasileiros se dedicava aos estudos de física nuclear. Entre seus feitos, a professora destacou-se pela colaboração que resultou na determinação da estrutura cristalina do hormônio chamado oxitocina, popularmente conhecido como hormônio do amor, e de toxinas de veneno de cobras. Assim, ela conseguiu um importante reconhecimento da comunidade científica e sua premiação ocorrerá no Encontro de Outono da Sociedade Brasileira de Física, no mês de junho de 2021.

As cientistas geniais no Museu

Na exposição do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS podemos conhecer de perto as descobertas científicas de algumas dessas cientistas, como Florence Nightingale, na exposição “Ciência e Cuidado”, e Marie Curie, na exposição “Matéria e Energia”.

Nas coleções científicas do Museu, as pesquisadoras Betina Blochtein – atuante na coleção de Abelhas, Cristiane Follmann Jurinitz – atuante no Herbário, Carla Suertegaray Fontana – atuante na coleção de Aves e Simone Flores Monteiro – atuante no Acervo Histórico contribuem para diversas áreas do conhecimento. Conheça algumas das coleções do Museu:

No vídeo abaixo, a Prof. Cristiane Folmann Jurinitz apresenta curiosidades sobre esta coleção científica, incluindo plantas conservadas há 90 anos.


A Prof. Carla Fontana apresenta curiosidades sobre esta coleção científica, trazendo informações sobre exemplares e a conservação da coleção.




Além da exposição do Museu e das coleções científicas, o Espaço Jovem Cientista 2020, registra com satisfação a participação de mulheres na pesquisa científica. O evento recebeu mais de 220 trabalhos, enviados de 25 escolas do Rio Grande do Sul. Após a análise dos resumos, 80 trabalhos de 20 escolas foram selecionados para participarem do evento.

A participação aconteceu por meio do envio de um vídeo com a filmagem dos integrantes dos grupos apresentando os seus projetos de pesquisa. Assim, 20 trabalhos foram avaliados como destaques do Espaço Jovem Cientista 2020. Você pode clicar aqui para conhecê-los e conferir os projetos de pesquisa elaborados pelas jovens pesquisadoras.

Em 2021, na nova edição do Espaço Jovem Cientista, o Museu deseja que a presença de jovens pesquisadoras continue expressiva. Em breve informações sobre o evento serão disponibilizadas.

Bibliografia:
https://www.florence-nightingale.co.uk/http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/12/0105_A-TEORIA-AMBIENTALISTA-DE-FLORENCE-NIGHTINGALE.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452015000300518#B05
http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/429-mulheres-na-ciencia
https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/177-mulheres-na-ciencia-no-brasil-ainda-invisiveis
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205163-dia-ada-lovelace-celebra-primeira-programadora-historia.htm
https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2021/03/01/professora-da-usp-de-sao-carlos-e-a-1a-mulher-a-ganhar-premio-da-sociedade-brasileira-de-fisica.ghtml