Ancestral das aranhas tem mais de 100 milhões de anos
Uma espécie de aracnídeo que viveu há 100 milhões de anos foi encontrada com sua estrutura preservada em âmbar. A espécie, nomeada como Chimerarachne yingi, foi encontrada numa floresta de Mianmar, no Sudeste Asiático.
Os espécimes encontrados possuem um ancestral em comum com as aranhas atuais e se assemelham a um membro de um grupo mais primitivo de aranhas, denominado Mesothelae (uma subordem da ordem Araneae), cujos representantes podem ainda hoje ser encontrados na China, no Japão e no sudeste da Ásia.
A estrutura dos espécimes apresentava um opistossoma segmentado (abdômen) e uma “cauda” em forma de chicote, semelhante à de um escorpião, além de duas características comuns às aranhas atuais: um pedipalpo modificado, que é encontrado em machos (estrutura para transferência de esperma) e fiandeiras (estruturas para a produção da seda). Segundo a comunidade científica, essa descoberta é importante para se conhecer de perto (a partir de fósseis) os ancestrais das aranhas e confirmar a hipótese de que elas evoluíram de aracnídeos que possuíam cauda há mais de 315 milhões de anos. Na exposição Marcas da Evolução do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS é possível observar uma árvore filogenética e compreendê-la a partir da observação de diversos grupos de seres vivos, representados por espécimes da coleção científica do Museu e de instituições parceiras.
Referências:
https://www.nature.com/articles/s41559-017-0449-3#Abs1
https://www.sciencemag.org/news/2018/02/part-spider-part-scorpion-creature-captured-amber
https://www.nationalgeographic.com/news/2018/02/tailed-proto-spider-chimerarachne-yingi-amber-myanmar-spd/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-42953478