Laboratório de Corrosão

O Laboratório de Corrosão (LCOR) presta serviços de ensaios prescritos por normas ASTM e NBR destinadas à avaliação do desempenho de partes metálicas de invólucros, revestidas ou não, após as mesmas terem sido submetidas a um determinado período de exposição em atmosfera de névoa salina (salt spray).

As normas acreditadas pelo laboratório estabelecem, em termos gerais, além do procedimento básico para a realização de ensaios em ambiente de névoa salina, métodos de avaliação do grau de enferrujamento, do grau de empolamento e do destacamento de revestimento observados em corpos de prova submetidos à ação de névoa salina.

Para realizar os ensaios prescritos por suas normas acreditadas, o laboratório conta com uma câmara de névoa salina EQUILAM modelo SSE 1000exp, com volume interno útil de 810 l, dotada de uma torre central para distribuição de névoa.

O LCOR normalmente executa ensaios para fins de certificação de produtos, por demanda de Organismos de Certificação de Produtos (OCPs) acreditados pela Cgcre, como também ensaios para avaliação de desempenho de invólucros ou de corpos de prova metálicos à luz das normas acreditadas para a área, demandados, via de regra, por fabricantes.

Além das avaliações prescritas pelas normas acreditadas pelo laboratório, também é possível a realização de serviços que envolvam a execução de ensaios de salt spray conforme normas ou procedimentos de ensaio específicos, não contemplados no escopo de acreditação do laboratório. Neste caso, é necessária uma avaliação preliminar da norma ou do procedimento de ensaio de interesse. Caso o laboratório identifique a viabilidade técnica de aplicação dos ensaios indicados em tais documentos, estes poderão vir a ser executados como serviço não acreditado, após acordo prévio entre o laboratório e a parte interessada.

A inauguração da área física ocupada pelo LCOR ocorreu em 09/11/2005, em conjunto com o complexo de laboratórios de ensaios de eficiência energética para eletrodomésticos do LABELO, estabelecido no Prédio 13 do campus central da PUCRS. A partir do ano seguinte, o laboratório acreditou as normas que atualmente integram o seu escopo, passando a oferecer serviços de ensaio de névoa salina à comunidade industrial em geral.

O atual escopo de acreditação do LABELO junto a Cgcre para o LCOR é apresentado na tabela a seguir, podendo também ser consultado diretamente no site deste instituto, por intermédio do link www.inmetro.gov.br/laboratorios/rble/docs/CRL0075.pdf

Norma Número
Standard Practice for Operating Salt Spray (Fog) Apparatus ASTM B 117/2009
Standard Test Method for Evaluating Degree of Rusting on Painted Steel Surfaces ASTM D 610/2008
Standard Test Method for Evaluating Degree of Blistering of Paints ASTM D 714-02/2009
Determinação do grau de enferrujamento de superfícies pintadas NBR 5770/1984
Determinação do grau de empolamento de superfícies pintadas NBR 5841/1974
Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição à névoa salina NBR 8094/1983
Corpos-de-prova revestidos e expostos a ambientes corrosivos – Método de avaliação NBR 8754/1985

Os ensaios de exposição à névoa salina são normalmente conduzidos com base no procedimento de ensaio prescrito pela norma ASTM B117, que integra o escopo de acreditação do laboratório. Deve ser observado, no entanto, que tal norma:

a) descreve tão somente o equipamento, o procedimento e as condições requeridas para a criação e a manutenção do ambiente de ensaio de névoa salina;
b) não contempla prescrições acerca dos corpos de prova a serem ensaiados, dos períodos de exposição para a realização dos condicionamentos, dos requisitos de avaliação a serem observados e tampouco acerca da interpretação dos resultados obtidos.

A severidade do ensaio, basicamente definida pelo tipo de exposição (contínua ou alternada) e pelo período de exposição da amostra à névoa salina, assim como os requisitos para avaliação desta após o ensaio, além de outros detalhes relativos à amostra e sua preparação, são parâmetros que devem ser especificados pela norma específica do material ou do produto submetido ao ensaio.

Em última instância, tais parâmetros devem ser definidos pelo solicitante dos ensaios e formalizados ao laboratório, não cabendo a este quaisquer definições acerca das condições de realização dos ensaios e da forma de avaliação dos resultados obtidos.