Quando falamos em CCUS, estamos nos referindo à abreviação da expressão em inglês "Carbon Capture, Utilization and Storage", que designa um processo tecnológico que envolve a captura, utilização e armazenamento de carbono, geralmente emitido por grandes fontes como usinas de energia e fábricas. Se o CO2 não puder ser reutilizado no local, ele é separado de outros gases, comprimido e transportado por dutos, navios, trens ou caminhões para ser utilizado em diversos produtos e aplicações comerciais.
Para armazenamento permanente, o CO2 é injetado em formações geológicas profundas, como reservatórios de petróleo e gás esgotados, aquíferos com águas salinas, camadas de carvão não mineradas e outros tipos de rochas específicas (ex. sal e basaltos). Isso garante que o carbono fique armazenado de forma segura por milhares ou até milhões de anos, evitando o aumento de CO2 na atmosfera.
A tecnologia CCUS pode ser aplicada a usinas de energia e fábricas existentes, permitindo que continuem operando enquanto se adaptam ao novo cenário energético global. Ela é especialmente útil para setores que dependem de matérias-primas ricas em carbono ou que produzem altas emissões de CO2, como as indústrias de cimento, aço e produtos químicos. Esses setores são conhecidos como "de difícil abatimento" devido à dificuldade em reduzir suas emissões. Além disso, essa técnica facilita a produção de hidrogênio de baixo carbono a custos reduzidos, ajudando na descarbonização de outras áreas. Por fim, a CCUS pode remover CO2 diretamente do ar, compensando emissões inevitáveis ou difíceis de reduzir pelos métodos convencionais.
Por isso, a tecnologia CCUS é uma ferramenta crucial na luta contra as mudanças climáticas, pois permite capturar e armazenar CO2 de maneira segura e eficiente, contribuindo para a redução das emissões globais de carbono e ajudando a criar um futuro energético mais sustentável.