Plataforma GIS CCUS Brasil

O primeiro webmap nacional exclusivo para CCUS.

O projeto

O Brasil possui um grande potencial para armazenamento geológico de CO2 em suas extensas bacias sedimentares, que estão próximas das principais fontes emissoras estacionárias. No entanto, a ausência de um repositório público e integrado de informações sobre CCUS dificulta a exploração e o desenvolvimento eficiente dessas áreas.

Em resposta a essa necessidade, o IPR, em parceria com a PETROBRAS, está desenvolvendo a Plataforma GIS CCUS Brasil. Essa ferramenta online e gratuita visa consolidar e integrar informações cruciais para apoiar a tomada de decisões e a implementação de iniciativas de CCUS no país. O webmap e os dashboards integram dados de fontes emissoras estacionárias de CO2, infraestrutura e logística, áreas socioambientalmente passíveis de proteção ou restritivas e a classificação dos recursos de armazenamento, conforme a metodologia SPE SRMS adaptada ao Brasil.

Além da plataforma, o projeto inclui o Atlas de Armazenamento de CO2 para o Brasil, em formato digital, para disseminar conhecimento técnico-científico. Esta iniciativa representa um avanço significativo na tecnologia de CCUS no Brasil, oferecendo uma base sólida para decisões estratégicas e fortalecendo a posição do país na vanguarda das soluções globais para a mudança climática.

Em 2023, o projeto destacou-se como um dos 3 finalistas ao Prêmio ANP de Inovação Tecnológica, na Categoria "Meio Ambiente, Transição Energética e Descarbonização”, que tem como objetivo reconhecer e premiar os resultados associados a projetos de P&D&I, desenvolvidos no Brasil, e leva em consideração critérios essenciais como originalidade, relevância, aplicabilidade e entregas.

Quando falamos em CCUS, estamos nos referindo à abreviação da expressão em inglês "Carbon Capture, Utilization and Storage", que designa um processo tecnológico que envolve a captura, utilização e armazenamento de carbono, geralmente emitido por grandes fontes como usinas de energia e fábricas. Se o CO2 não puder ser reutilizado no local, ele é separado de outros gases, comprimido e transportado por dutos, navios, trens ou caminhões para ser utilizado em diversos produtos e aplicações comerciais.

Para armazenamento permanente, o CO2 é injetado em formações geológicas profundas, como reservatórios de petróleo e gás esgotados, aquíferos com águas salinas, camadas de carvão não mineradas e outros tipos de rochas específicas (ex. sal e basaltos). Isso garante que o carbono fique armazenado de forma segura por milhares ou até milhões de anos, evitando o aumento de CO2 na atmosfera.

A tecnologia CCUS pode ser aplicada a usinas de energia e fábricas existentes, permitindo que continuem operando enquanto se adaptam ao novo cenário energético global. Ela é especialmente útil para setores que dependem de matérias-primas ricas em carbono ou que produzem altas emissões de CO2, como as indústrias de cimento, aço e produtos químicos. Esses setores são conhecidos como "de difícil abatimento" devido à dificuldade em reduzir suas emissões. Além disso, essa técnica facilita a produção de hidrogênio de baixo carbono a custos reduzidos, ajudando na descarbonização de outras áreas. Por fim, a CCUS pode remover CO2 diretamente do ar, compensando emissões inevitáveis ou difíceis de reduzir pelos métodos convencionais.

Por isso, a tecnologia CCUS é uma ferramenta crucial na luta contra as mudanças climáticas, pois permite capturar e armazenar CO2 de maneira segura e eficiente, contribuindo para a redução das emissões globais de carbono e ajudando a criar um futuro energético mais sustentável.

Modificada de IOGP, 2020. IOGP-CCUS

A Plataforma GIS CCUS Brasil reúne informações de diversas fontes de dados públicas em um banco de dados robusto e integrado. Os dados vetoriais foram processados com a finalidade de exibir informações de interesse, proporcionando uma visão abrangente e detalhada para a tomada de decisões estratégicas sobre CCUS. Esses dados foram organizados nas seguintes categorias: Fontes Emissoras, Infraestrutura e Logística, Áreas Passíveis de Proteção ou Restritivas, Dados Exploratórios, Bacias Sedimentares, Recursos de Armazenamento de CO2, Storage Resources Management System (SRMS) e Projetos CCUS no Brasil.

Dessa forma, o banco de dados conta com dados de emissões de mais de 1.500 fontes de CO2 do setor de difícil abatimento e energia. Além disso, apresenta em torno de 18.000 elementos de infraestrutura e logística e mais de 370.000 áreas restritivas ou passíveis de proteção. A análise do potencial de armazenamento geológico de CO2 nas bacias sedimentares brasileiras integrou dados de 30.621 poços exploratórios, 14.900 levantamentos geofísicos, bem como informações geológicas e geotérmicas de 72 bacias sedimentares terrestres e marítimas, consolidando centenas de camadas que ilustram a distribuição e a espessura dos elementos dos sistemas de armazenamento de CO2, com destaque para a capacidade volumétrica de reservatórios de água salina e de hidrocarbonetos depletados.

Saiba mais sobre o Banco de dados

A Plataforma GIS CCUS Brasil é um webmap interativo, hospedado no ambiente ArcGIS Online, que contém todas as informações relevantes no contexto de CCUS do país reunidas em um só lugar, fornecendo acesso público a dados geoespaciais cruciais para a avaliação dos diferentes cenários relacionados ao tema.

A plataforma segue a mesma estruturação do banco de dados, apresentando as seguintes categorias: Fontes Emissoras, Infraestrutura e Logística, Áreas Passíveis de Proteção ou Restritivas, Dados Exploratórios, Bacias Sedimentares, Recursos de Armazenamento de CO2, Storage Resources Management System (SRMS) e Projetos CCUS no Brasil.

Além do webmap, a plataforma conta também com quatro painéis interativos (dashboards) específicos para a visualização espacial e quantitativa de fontes emissoras, infraestrutura e logística, dados de exploração e de recursos de armazenamento de CO2. A utilização dos painéis permite uma análise de dados mais abrangente e precisa, com todas as informações apresentadas de forma dinâmica, clara e intuitiva.

Acesse o webmap e os painéis interativos
Plataforma GIS CCUS Brasil, webmap interativo com informações relevantes do contexto de CCUS no país.

O Atlas de Armazenamento de CO2 para o Brasil está em desenvolvimento e deverá fornecer uma perspectiva abrangente sobre potenciais cenários para a implementação de tecnologias de CCUS no país. Baseado no conjunto de dados integrados da Plataforma GIS CCUS Brasil, o Atlas destacará os aspectos mais relevantes do tema, estruturando a visão de CCUS nas regiões das bacias sedimentares brasileiras com maior potencial para utilização e/ou armazenamento geológico de CO2, de forma ilustrada e teórica. A análise abrangente das informações geoespaciais visa consolidar este produto como um catalisador para disseminar o conhecimento e acelerar o avanço da tecnologia no Brasil.

Em breve, será disponibilizado o link de acesso ao Atlas.

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Os dados de emissões de CO2, estimados pela equipe do IPR/PUCRS, baseiam-se em metodologias internacionalmente reconhecidas, com valores obtidos através de métricas de conversão vinculadas à produção industrial, conforme declarada publicamente pelas próprias indústrias ou por documentos oficiais de órgãos reguladores, como licenças de operação. Eventuais discrepâncias nos dados referentes ao volume de produção informado impactam diretamente a conversão da quantidade de CO2 emitida. Não compete ao IPR/PUCRS, nem a PETROBRAS, realizar qualquer juízo de valor acerca das informações divulgadas pelas empresas, sendo esta responsabilidade exclusiva da declarante. Os dados locacionais, referentes à situação geográfica das indústrias, bem como informações cadastrais das empresas são de conhecimento público e estão vinculados ao dado fonte original. Os dados e informações aqui apresentados podem ser atualizados e não compreendem um produto estático e cujo conjunto completo de dados pode sofrer alterações decorrentes de novos dados adquiridos. 

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PUCRS. Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais. Plataforma GIS CCUS Brasil. Porto Alegre: IPR, 2024.

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Coordenação

Clarissa Lovato Melo

Geologia, mestrado e doutorado em Geociências, MBA em Liderança, Gestão de Equipes e Produtividade (em andamento).


Equipe técnica

Daiane dos Santos Cardoso

Geologia, mestrado em Geociências com ênfase em Estratigrafia, doutorado em Geociências com ênfase em Análise de Bacias

Franciele Gonçalves Andres

Geologia, mestrado em Geociências e doutorado em Geologia (em andamento)

João Pedro Tauscheck Zielinski

Geologia, mestrado em Geociências com ênfase em Geologia e Recursos Naturais, doutorado em Recursos Hídricos (em andamento)

Leonardo da Silva Felippe

Geografia, técnico em Hidrologia, mestrado em Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (em andamento)

Tainá Thomassim Guimarães

Engenharia Ambiental, mestrado em Engenharia Ambiental, doutorado em Computação Aplicada

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Geologia (em andamento)

Lais Vieira Genro

Geologia (em andamento)

Priscila Fonseca Clave Gomes

Geologia (em andamento)

Interlocução Técnica PETROBRAS: Moema Martins

Engenharia Química, mestrado em Engenharia de Materiais, Pós-graduação em Gestão Sustentável de Energia