Professor da PUCRS realizará pesquisa no Comitê Olímpico Internacional
Luís Henrique Rolim foi o único representante da América Latina selecionado para realizar estudos na sede da instituição na Suíça
Foto: Matheus Gomes
O professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Luís Henrique Rolim foi aprovado para realizar uma pesquisa no Centro de Estudos Olímpicos (CEO) do Comitê Olímpico Internacional (COI), na Suíça. O pesquisador atua no Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da PUCRS, que é integrante da rede internacional de CEOs do COI. Na oportunidade, o pesquisador contará com uma ajuda financeira para realizar seus estudos na Suíça.
Anualmente, o CEO do COI abre uma chamada para submissão de propostas de pesquisa para doutorandos e acadêmicos em início de carreira. O pesquisador Rolim é um jovem pesquisador e realizou sua primeira submissão para esta oportunidade. O docente foi selecionando dentro de 22 propostas de 14 países que o CEO recebeu, sendo o único representante da América Latina a ser contemplado. A seleção foi feita por um comitê de avaliação composto de sete pesquisadores do mundo todo.
Guardiões da Chama Olímpica
O projeto de pesquisa aprovado pelo COI é intitulado Guardiões Da Chama Olímpica Rio 2016: Legado Social-Cultural E Memórias Como Patrimônio Dos Primeiros Jogos Olímpicos Na América Do Sul. Com o estudo, Rolim analisará as memórias dos Guardiões da Chama Olímpica Rio 2016 enquanto patrimônio imaterial e legado social-cultural dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Brasil, ocorrido em 2016. De acordo com o pesquisador, os “Guardiões da Chama Olímpica” são um grupo de homens e mulheres que possuem a missão de proteger um símbolo Olímpico (a chama) durante todo o percurso do revezamento da tocha, mas que hoje encontram-se “invisíveis” à luz da história.
Na pesquisa, a hipótese é que a experiência dos guardiões poderá revelar aspectos de um legado intangível dos Jogos Olímpicos Rio 2016 após cinco anos de sua realização, como por exemplo, a aquisição de habilidades, conhecimentos e rede de contatos. Atualmente, o conhecimento público do legado do Rio 2016, é focado nos aspectos tangíveis, como infraestrutura e impacto econômico. Dessa forma, a pesquisa propõe novos elementos para o entendimento do legado do evento.
Pesquisa e internacionalização
Com a iniciativa, o GPEO da PUCRS realizará entrevistas utilizando a metodologia da História Oral, para iniciar um projeto de preservação da memória do Rio 2016 a partir da perspectiva de outros personagens até então desconhecidos, tais como os guardiões, voluntários, etc. a fim de possibilitar um maior entendimento do impacto do evento, além de possibilitar outras pesquisas e preservar sua memória para futuras gerações.
“Promover a internacionalização sempre foi um dos meus grandes objetivos ao ingressar como professor na PUCRS. O fato de termos sido contemplados para ir pesquisar nos arquivos do COI possibilitará ampliar o entendimento do papel dos Guardiões em outras edições dos Jogos Olímpicos”, ressaltou Rolim.
Atuação do GPEO
A linha de pesquisa Esporte, Cultura e Sociedade do GPEO da PUCRS visa desenvolver projetos de cunho historiográfico e sociocultural nos âmbitos esportivo, Olímpico e Paralímpico, explorando as práticas e processos de construção de narrativas, identidades, representações, memória e imaginário social. Atualmente, o projeto do Guardiões da Chama Olímpica Rio 2016 tem coordenação do professor Rolim e do professor Nelson Todt, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, além das bolsistas de Iniciação Científica, Gabrielle Viera (CNPQ PUCRS) e Laura Doering (BPA PUCRS), estudantes do Curso de Educação Física e outros integrantes do GPEO.