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Há experiências fantásticas na vida, outras que não são tão boas e, bem, algumas ao contrário de boas. Ambas oferecem muito crescimento pessoal. O intercâmbio é uma mistura de todas essas, seja por conhecer um lugar novo com culturas diferentes ou por passar perrengue por não saber cozinhar direito e ter que se virar sozinho pela primeira vez. A alegria de acertar um arroz pela primeira vez não tem preço, e a tristeza de queimar um miojo também não tem. Bem como chegar em casa cansado e imensamente feliz depois de fazer uma Eurotrip por diferentes países da Europa, abrir a geladeira, sentir um cheiro estranho e ver que mais da metade de suas comidas apodreceu no tempo em que ficou fora. Mas o melhor disso tudo é que, em meio a tantas emoções, você já aprendeu a rir das coisas que dão errado. Afinal, todo o erro é um acerto da próxima vez.
No meu tempo aqui, eu já conheci tantas pessoas incríveis e culturas diferentes, não só pelos moradores nativos mas também pelos outros intercambistas que vieram. Principalmente em uma casa em que “lixo orgânico” está escrito em 5 línguas diferentes na lata de lixo (não se preocupem, nós todas falamos inglês). E sabe qual é a melhor parte de tudo? Todo mundo está na mesma situação. Todo mundo que vem para o intercâmbio sente saudades de casa, chega sem conhecer ninguém, sem saber em que supermercado ir ou onde lavar as roupas. Nós aprendemos todos juntos.
Por outro lado, há também as pessoas que já estão aqui faz tempo, que por vezes não são tão abertas por saber que você vem e já vai embora, mas que quando te deixam se aproximar mostram uma parte da cultura e um amor gigante por esse país que é Portugal.
Bárbara Merlin é aluna de Psicologia, da Escola de Ciências da Saúde, e está em mobilidade acadêmica na Universidade do Porto, em Portugal.