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Quando decidi fazer mobilidade, fiquei muito tempo em dúvida sobre qual lugar do mundo escolher. O que me fez decidir, foi a possibilidade de aprender uma nova língua e por isso escolhi a Espanha. Com toda certeza Vigo marcou meu coração de uma maneira que eu jamais poderia prever. Morando em Porto Alegre, uma cidade com um pouco mais de 1 milhão de habitantes, eu fui parar numa cidade do interior da Galícia com um pouco menos de 300 mil habitantes.
As diferenças foram enormes e a cultura da “siesta” era tão forte que até o mercado fechava depois do almoço por um período de duas horas, e no domingo nada de comércio funcionava. A minha sorte grande dessa experiência, foi conseguir dividir o apartamento com duas meninas nativas, que me fizeram estar mais integrado dentro da cultura da Galícia, aprender e praticar MUITO a língua espanhola.
O povo espanhol tem uma animação sem igual, quem diz que europeu é frio, certamente nunca foi à Espanha. Como a cidade era relativamente pequena todos me tratavam com muita paciência quando viam que eu era estrangeira, inclusive minhas companheiras de apartamento, que me deram incontáveis pequenas aulas de espanhol no meio das nossas longas conversas acompanhadas de um bom vinho de 2 euros e um pacote de salgadinhos.
A faculdade também fazia diversos eventos e festas para os alunos que vinham de outros países, que me renderam a oportunidade de conhecer muita gente diferente. A grande questão da mobilidade é sair completamente da sua zona de conforto, conhecer lugares, pessoas, costumes, comidas que você jamais pensaria que um dia conheceria e caso algo não te agradar, lembrar que TUDO faz parte da experiência que te construirá em uma pessoa mais aberta para novos aprendizados e sem preconceitos culturais.
Amanda Ramos Sonntag é aluna do curso de Farmácia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e esteve em mobilidade na Universidade de Vigo, na Espanha, em 2019/2.