Docente da Newcastle University discute internacionalização do ensino superior
Sue Robson abordou teorias e práticas no contexto do Reino Unido e Europa
Sue Robson visitou a Universidade através do PUCRS PrInt. Foto: Bruno Todeschini
Nesta terça-feira, dia 7 de maio, Sue Robson, da Newcastle University, participou do workshop Internationalization at Home – I@H: Perspectives for Undergraduate Studies, promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesq). A pesquisadora veio à Universidade como professora visitante no âmbito do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt) e participa do projeto de cooperação Formação humana: saberes e práticas para um mundo em movimento, coordenado pelo professor Alexandre Guilherme, da Escola de Humanidades, vinculado ao tema prioritário Mundo em Movimento: Indivíduos e Sociedade.
Na ocasião, Sue discutiu sobre a internacionalização como ponto estratégico para o ensino superior e os desafios para criar um ambiente internacionalizado dentro do próprio Campus, a chamada internacionalização em casa. A pesquisadora levantou a questão de a mobilidade acadêmica ainda ser uma realidade para uma pequena parcela dos estudantes e, por isso, a necessidade de novas iniciativas que preparem os alunos para um mundo globalizado e multicultural.
“É preciso ter consciência de que qualquer mudança que vá além da mobilidade acadêmica impacta diretamente a estrutura da Universidade”, comenta a pesquisadora. Com o objetivo de não apenas conceder um diploma de ensino superior, é necessário que a Universidade esteja preparada para formar cidadãos globais, estimulando o desenvolvimento de competências internacionais e interculturais.
Desafios e oportunidades
O workshop também apresentou estratégias para integração de alunos da mobilidade acadêmica. Foto: Bruno Todeschini
Como englobar os alunos em sua totalidade nessa iniciativa de formação internacional e não apenas aqueles que têm a oportunidade de viajar para o exterior? Para a professora, projetos que apostem na inclusão, impacto e equidade visam não apenas os alunos, mas a sociedade como um todo. Entre as oportunidades apresentadas pela professora britânica, destacam-se:
- Oferecer a todos os estudantes perspectivas globais dentro de seu programa de estudo.
- Desenvolver perspectivas internacionais e interculturais através de resultados de aprendizagem internacionais no currículo formal.
- Apoiar estas atividades informais co-corriculares em toda a instituição.
- Fazer uso proposital da diversidade cultural na sala de aula para a aprendizagem inclusiva, ensino e prática de avaliação.
Boas práticas em foco
Além da apresentação da visitante Sue Robson, o workshop contou com uma apresentação elaborada pela professora da Newcastle University, Alina Schartner, abordando um modelo integrado de adaptação e adequação por parte dos alunos de mobilidade acadêmica, além de implicações e aplicações sobre a internacionalização.
Já a docente e pesquisadora Marilia Morosini, da Escola de Humanidades, que faz parte do projeto de cooperação do PUCRS-PrInt ao qual Sue está vinculada, abordou a internacionalização do ensino superior no Brasil. A diretora de graduação da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Continuada (Prograd), Adriana Kampff, apresentou as diretrizes que englobam a internacionalização em casa na PUCRS, além de quatro cases que fomentam a temática em diferentes Escolas da Universidade.
Sue Robson permanece na PUCRS por duas semanas onde trabalhará em parceria com os professores Alexandre Guilherme, coordenador do projeto de cooperação, e Marilia Morosini, além de participar de uma segunda etapa do workshop voltado aos professores e alunos do Stricto Sensu da PUCRS.