05/04/2019 - 13h39

Diferenças culturais em sala de aula são foco em palestra

Professoras da University of Mississippi e Delta State University participaram de evento na Escola de Humanidades

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Professoras palestraram para alunos da Letras, da Escola de Humanidades. Foto: Mariana Haupenthal

Na última segunda-feira, dia 1 de abril, as professoras norte-americanas Tracy Case Koslowski, da University of Mississippi, e Michelle Johansen, da Delta State University, estiveram na PUCRS para a palestra Addressing cultural diferences in the classroom, promovida pelo Escritório de Cooperação Internacional, em parceria com a Escola de Humanidades. A fala voltada aos estudantes da Letras, abordou desafios e possibilidades de trabalhar as diferenças culturais em sala de aula.

Tracy é diretora associada para recrutamento e desenvolvimento do Programa Intensivo de Inglês e do Escritório de Engajamento Global da University of Mississippi. Tem bacharelado em Linguística e mestrado em Estudos Alemães. Já atuou como professora de inglês para o espetáculo Allegria, do Cirque du Soleil. Já Michelle é coordenadora de mobilidade acadêmica do Student Success Center na Delta State University. É formada em Ciência Política e tem mestrado em História. Em 2018, recebeu o prêmio Diversity Educator of the Year 2018 do Conselho de Administração do Mississippi de Instituições Estaduais de Ensino Superior.

Aprendendo com as diferenças

Com ampla experiência em sala de aula, especialmente trabalhando com alunos internacionais, as professoras discutiram técnicas e estratégias para trabalhar diferenças culturais. As docentes classificaram como imprescindíveis na docência três pontos-chave: conhecimento cultural, comunicação e consistência.

Primeiro, abordaram a importância da consciência do que significa cultura e como ela está presente em nosso dia a dia. “Existe a cultura superficial, que representa cerca de 10%, que é aquilo que vemos. Já a cultura profunda, que representa os 90% restantes, diz respeito ao que não está explícito. Que precisamos observar e aprender sobre”, comenta Tracy. A partir dessa consciência, as professoras afirmam que será possível evitar mal julgamentos e estereótipos.

Em relação a comunicação, Michelle afirma a importância do diálogo para esclarecimento de dúvidas sobre uma determinada cultura, além de propor diferentes maneiras de ensino em sala de aula. “Não podemos pensar que todos os alunos aprendem da mesma forma, especialmente quando falamos de estudantes de diferentes partes do mundo”, comenta. Por isso, indicam atividades de integração, compartilhamento de experiências, além de incentivar um espaço seguro para que o aluno se sinta confortável para aprender com seus erros.

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Foto: Mariana Haupenthal

Por fim, falam sobre a consistência. Para as professoras norte-americanas o gerenciamento da classe é importante para que os alunos lidem com suas expectativas e aprendam como coexistir. Além disso, destacam os benefícios de oportunizar que os alunos possam compartilhar sua cultura e que haja o feedback construtivo.

Além da palestra na Escola de Humanidades, Tracy e Michelle foram recepcionadas no Escritório de Cooperação Internacional, onde discutiram possibilidades de aproximação entre as instituições norte-americanas e a PUCRS. Além disso, fizeram um tour pela Universidade, passando pela Biblioteca Central Ir. José Otão e pelo Tecnopuc.

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