Alunos contam experiências de mobilidade na América Latina
Países como Chile e México têm atraído cada vez mais interessados para intercâmbio acadêmico
Roger Silva está na Universidade Mayor, no Chile
Foto: Arquivo pessoal
Construções históricas, gastronomia típica e muita riqueza cultural são alguns dos muitos atrativos dos países da América Latina. Entretanto, os pontos positivos de países como Chile, México, Argentina, Uruguai e Colômbia vão além das perspectivas turísticas e vêm se tornando destinos atraentes para a mobilidade acadêmica.
Com universidades renomadas em diversas áreas do conhecimento e altos investimentos em educação e pesquisa, alunos da PUCRS têm cada vez mais apostado no continente latino-americano para intercâmbio acadêmico. Stephanie Mello, estudante de Psicologia, Roger Paz de Souza da Silva, aluno do curso de Jornalismo e Alex Blasi de Souza, do curso Relações Públicas, foram alguns dos estudantes que embarcaram com destino à países da América Latina no início de 2018.
A escolha pela América Latina
Alex Souza escolheu a Universidad Veracruzana, no México – Foto: Arquivo pessoal
A experiência de estudar em países latino-americanos, de acordo com os estudantes, tem sido positiva. Para Alex, aluno da Escola de Comunicação Artes e Design, a escolha foi incentivada pelo idioma que pretendia aprimorar. “Eu sabia que queria fazer intercâmbio num país de fala hispânica, tanto para aprender a língua quanto para me conectar com o espírito de latinidade que tão pouco temos no Brasil. Nesse sentido, a Universidad Veracruzana, do México, despontou como uma das escolhas mais interessantes na lista de opções”, comenta o estudante.
Stephanie afirma que a ideia desde o princípio era escolher um país da América Latina para a mobilidade acadêmica. “Temos que valorizar mais nossos países-irmãos e reconhecer todas as qualidades, belezas e encantos que eles oferecem. Não precisamos ir à Europa para buscar isso”, completa. A estudante da Escola de Ciências da Saúde chegou à Universidad Marista de Guadalajara, no México, no início deste semestre.
Roger Silva
Foto: Arquivo Pessoal
Já a proximidade física que contrasta com o distanciamento cultural foi o principal motivador da escolha de Roger, que está na Universidade Mayor, no Chile. “Como brasileiro sinto muito por não parecer tão latino quanto o resto da América Latina. Falamos outra língua, consumimos outras músicas, outras comidas, temos uma mentalidade e uma identidade nacionalista quase inexistente se comparado aos outros sul-americanos. Percebi isso tudo ainda mais aqui, em cada troca com nova nacionalidade, seja latina, europeia ou asiática”, explica.
Aprendizados dentro e fora da sala de aula
Estudar em um idioma diferente é, sem dúvida, um dos maiores desafios para quem realiza mobilidade acadêmica. No entanto, os alunos destacam o apoio e auxílio de colegas e professores durante o processo e até mesmo o estímulo para a língua inglesa. Além disso, a conexão com pessoas de diferentes partes do mundo contribui para diálogos multiculturais e aproximam os alunos de outras culturas.
Stephanie Mello faz mobilidade na Universidad Marista de Guadalajara, no México
Foto: Arquivo pessoal
De acordo com Stephanie, poucas semanas foram o suficiente para se adaptar ao idioma e à estrutura da universidade. “Acredito que o mais positivo na Universidad Marista de Guadalajara é a preocupação genuína de todos os seus funcionários com seus alunos. É perceptível o carinho que existe entre todos e o quanto estão abertos a receber pessoas de fora”, comenta.
Incentivo de aluno para aluno
A escolha pela América Latina tem gerado indicações para outros colegas que pensam em realizar mobilidade acadêmica nos próximos semestres. Lugares e amigos novos, mudança na rotina de estudos e autoconhecimento são alguns dos destaques da experiência.
“Escolher um país da América Latina é escolher viver a delicadeza e a fragilidade desses lugares, é valorizar espaços simples, mas carregados de energia boa e que, muitas vezes, são esquecidos e ofuscados por tanta modernidade e tecnologia”, comenta Stephanie.
Para Alex, a recomendação vem para aqueles que queiram conectar-se com o espírito de latinidade. “Diferentemente do nosso país, cuja enormidade geográfica tende a produzir comparações mais regionais do que internacionais, outros países americanos são unidos por uma consciência muito maior da realidade latino-americana, incluindo o que vejo como maior comprometimento político”, complementa.
A PUCRS possui convênio de mobilidade acadêmica com 25 universidades da América Latina. As instituições possuem ótimos programas de graduação e pós-graduação nas mais diversas áreas do conhecimento. Além disso, os países oferecerem custo de vida atrativo para estudantes brasileiros.
Ainda neste semestre, estão previstas as inscrições para o Programa Ibero-americano, do Santander Universidades, que concederá bolsas para países da América Latina e Espanha. Para informações sobre possibilidades de estudo no exterior, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou presencialmente na Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (Prédio 1, sala 110).