11/12/2023 - 08h42

França, Espanha e Alemanha são destinos dos alunos da PUCRS em doutorado sanduíche

Lucas Weschenfelder, Ana Clara Elesbão, Julia Melgare e Carina Schroder são alguns dos estudantes em universidades estrangeiras pelo Programa PrInt

Com o objetivo estratégico de desenvolver, consolidar e integrar as dimensões internacional e intercultural no âmbito do ensino, da pesquisa, da inovação e da extensão na Universidade, o Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt) atua como impulsionador das conexões com universidades, pesquisadores e práticas acadêmicas estrangeiras na pós-graduação. Conheça alguns dos alunos comtemplados com as bolsas de estudos do projeto: 

Pesquisa na Goethe Universität

Foto: arquivo pessoal

Complementando seus estudos de doutorado na Goethe Universität, na Alemanha, Lucas Weschenfelder é aluno do Programa de Pós-Graduação em Direito. O estudante pesquisa sobre os efeitos sociotécnicos que a digitalização e a difusão da Inteligência Artificial suscitarão, em atenção às reflexividades realizadas pelo Direito, pela Tecnologia, e pela Política, em lidarem com esses desafios. Nesta busca, estar em uma universidade que é um dos principais centros de constituição do conhecimento na Europa, é um impulsionador de sua trajetória acadêmica. “Isso faz com que a sua vontade de aperfeiçoamento seja potencializada, e não somente em atenção ao vasto acesso a materiais correlacionados ao objeto de trabalho que se tem em vista, mas, pela atmosfera interdisciplinar que a universidade propicia aos discentes e docentes”, destaca Weschenfelder.  

Para além disso, a estrutura da universidade propicia trocas de conhecimentos interculturais e plurais nas relações com colegas e professores. “Os espaços sociais da universidade estimulam as relações entre os discentes e docentes, em um contexto cosmopolita. Pude me relacionar com pessoas de vários países, tais como Alemanha, Holanda, Polonia, Itália, Croácia, Índia, Japão, China, Vietnam, Tailândia, Argentina e Colômbia”, comenta o doutorando. 

Experiência na Espanha

Foto: arquivo pessoal

Pesquisando sobre os vieses raciais produzidos pelas Inteligências Artificiais e as diferentes iniciativas regulatórias, a aluna no Programa de Pós-Graduação de Ciências Criminais da Escola de Direito na PUCRS, Ana Clara Elesbão, está realizando doutorado sanduíche na Universidade de Sevilha, na Espanha. Consagrada em seus mais de 500 anos de história como referência no panorama educativo espanhol, a universidade conta com um rico e variado acervo bibliográfico e documental, oferecendo uma infraestrutura completa para o desenvolvimento e enriquecimento de pesquisas. 

Ana Clara tem desenvolvido e aprofundado laços institucionais entre a universidade gaúcha e a hispânica. “Estar aqui tem sido uma oportunidade de dar continuidade a uma série de projetos bilaterais recentes envolvendo a PUCRS e a Universidade de Sevilha, e de estreitar os laços de parceria institucional que vêm sendo construídos e consolidados nos últimos anos entre ambas as Universidades”, destaca a doutoranda. 

A internacionalização do conhecimento tem sido um dos grandes destaques de seu período na Espanha. “Um impacto incontestável da experiência de internacionalização em minha jornada acadêmica tem sido a ampliação da rede de contatos com pesquisadoras/es interessadas/os em temas afins, e a oportunidade de criar novas redes de pesquisa com objetivos e esforços comuns na produção de conhecimento sobre Tecnologia e Sociedade. Esse intercâmbio de conhecimentos tem proporcionado discussões e trocas acadêmicas capazes de viabilizar o amadurecimento conceitual e teórico-metodológico da tese, sobretudo mediante a contribuição do professor Manuel Jesús Sabariego Gómez, e dos colegas do Grupo Interdisciplinar de Estudos em Comunicação, Política e Sociedade, com quem tenho mantido estreito diálogo”, relata Ana Clara. 

Comunicação em foco

Carina Schroder, aluna no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Escola de Comunicação, Artes e Design, está realizando doutorado sanduíche na Université Paul-Valéry Montpellier III, na França. Em sua tese, a doutoranda busca compreender a representação feminina no cinema de horror norte-americano do século XXI.  

“Estou tentando entender como essas personagens transitam em uma ‘zona’ limiar entre serem vistas como vítimas e como monstros a partir da maneira como a própria mulher é entendida e, por vezes, estereotipada, pela nossa sociedade capitalista e patriarcal, e como isso influencia a maneira como elas são apresentadas nas telas”, explica Carina sobre seu trabalho.  

Estando em uma das universidades mais prestigiadas da França, a aluna destaca que as oportunidades de contato com diferentes intelectuais são motivadoras para a sua pesquisa. “Fazer doutorado sanduíche na França, um dos berços do feminismo e do cinema, tem sido uma experiência muito enriquecedora, onde eu tenho acesso a grandes acervos de pesquisa, seminários e debates com sociólogos que trabalham com as mais diversas áreas e que me permitem abrir o horizonte para desenvolver ainda mais minha pesquisa”, elenca. 

Novas conexões com o mundo

Foto: arquivo pessoal

Estudando no Instituto Politécnico de Paris, na França, Julia Melgare realiza seu doutorado sanduíche buscando compreender sobre como podemos simular a visão, atenção e expressões faciais em agentes virtuais. A instituição foi criada em 1794 e desde então é referência na partilha e pesquisa de conhecimentos multidisciplinares.

A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação vem atuando dentro de grupo de pesquisa sobre a simulação de locomoção de agentes em ambientes naturais e dinâmicos e essas trocas de informações e perspectivas realizadas são impulsionadores para o desenvolvimento e também aprimorando de relações internacionais. “Esse programa tem sido extremamente importante na minha jornada acadêmica, pois estou tendo a oportunidade de colaborar com um novo grupo de pesquisa, obter novas perspectivas e conexões. Além de poder enriquecer e contribuir com a pesquisa no Brasil, também estou criando laços e conexões importantes com essas instituições internacionais que podem servir para que tenhamos mais colaborações no futuro”, destaca Julia.

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