Saiba como utilizar as tecnologias para aproveitar ao máximo as diferentes possibilidades de dinâmicas do ambiente virtual
Foto: Christina Morillo/Pexels
Seja na escola ou na universidade, têm estudantes que se arrepiam só de ouvir falar sobre entregar trabalhos em grupo. Mobilizar pessoas com diferentes formas de se organizar, histórias de vida, estilos e maneiras de pensar em prol de um mesmo objetivo pode até parecer um desafio, mas toda essa força criativa é o segredo para projetos mais inovadores e completos. Esse foi um dos temas abordados durante o último Seminário de Desenvolvimento Acadêmico da PUCRS, que trouxe os principais tópicos sobre as dinâmicas da mediação online.
A coordenadora da Graduação Online, Débora Conforto, foi quem mediou o painel Como mobilizar a colaboração entre estudantes em atividades remotas. “A aprendizagem colaborativa impulsiona o aprendizado envolvente e significativo, com atuação ativa dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem”, destaca.
Como você tem se sentido? Essa foi a pergunta que o professor Leonardo Kroth, da Escola de Medicina e médico do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) fez aos seus alunos e alunas que realizaram estágio curricular, o Internato. A partir das respostas, foi possível compreender melhor as expectativas da turma e os sentimentos que o momento atípico despertou, como ansiedade, saudades, medo e euforia.
Segundo os/as estudantes, ter mais tempo para o estudo, o envolvimento da equipe, a colaboração dos colegas e o estímulo dos/as professores/as e residentes foram alguns dos pontos que contribuíram para o aprendizado durante o semestre. “Mesmo com a necessária redução da exposição diária, o modelo novo se tornou muito eficiente”, afirma um dos relatos.
Os principais resultados foram a maior integração das atividades presenciais com os exercícios remotos e a continuidade das discussões de casos, pesquisas e materiais teóricos.
Se a intenção é promover cada vez mais o envolvimento dos alunos e alunas com as atividades em sala de aula, então por que não mergulhar na realidade que eles/as conhecem? Pensando nisso, a professora Camila Kieling, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, utilizou duas ferramentas bem habituais para os/as estudantes: o Facebook e o PowerPoint.
Foto: Retha Ferguson
Envolver a turma nas decisões e possibilitar o feedback é um dos pontos chave. Na disciplina de Metodologias da Pesquisa Científica Aplicadas ao Jornalismo, foram os/as 16 alunos/as do sexto semestre que escolheram o Facebook como plataforma de compartilhamento, por possibilitar a troca de diferentes materiais e pela privacidade. Todos/as puderam fazer comentários e sugestões sobre os projetos dos/as colegas e aprimorar os trabalhos juntos/as.
“O resultado foi que a turma se divertiu, os alunos ficaram tímidos em alguns momentos, mas gostaram de se ver e disseram que falar em vez de só escrever ajudou a organizar as ideias”, comenta Camila, reforçando que o modelo também funciona com turmas maiores.
Já na disciplina de Comunicação e Contexto Sociocultural eram 62 estudantes do primeiro semestre de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda ao total. A partir de apresentações feitas em PowerPoint, foram criadas exposições virtuais com base em leituras e pesquisas iconográficas. “Além dos conceitos dos autores, trabalhamos a formação do repertório, tivemos um diálogo maior, abordamos técnicas, formas corretas de fazer referências, entre outros”, destaca.
Além de saber aproveitar as plataformas de mediação, como o Zoom, a gamificação é uma das melhores alternativas para engajar os/as estudantes com a atividades de aula. Luis Martins, coordenador do curso de História da Escola de Humanidades da PUCRS, criou desafios para que algumas teorias abordadas em aula fossem pensadas a partir de jogos de tabuleiros.
Analisando os elementos que compõem diferentes tipos de jogos, os/as alunos/as debateram as mecânicas, definições, vantagens e desvantagens de cada modalidade para a aplicação de metodologias. “Esse trabalho leva mais tempo, mas o nível de aprendizado é maior”, destaca.
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