Atuações do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul e do Instituto de Geriatria e Gerontologia têm se destacado durante a pandemia
Os institutos da PUCRS geram impacto e beneficiam diferentes setores da sociedade com ações, projetos e serviços. Entre eles estão o Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), que durante a pandemia ocasionada pela Covid-19 tiveram uma atuação marcante. Mais uma vez, a Universidade mostra sua relevância em momentos de crise, buscando soluções para problemas complexos. Conheça algumas iniciativas dos Institutos da PUCRS no combate à pandemia.
O Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG) se dedica a ações interdisciplinares relacionadas ao envelhecimento humano. Para isso, são realizadas pesquisas que contam com laboratórios e com um corpo docente altamente qualificado. A Universidade Aberta para Terceira Idade (Unati), que busca promover o envelhecimento saudável e com autonomia, também faz parte do IGG. Foi nessas duas frentes que esse instituto atuou diante os desafios pandêmicos.
Visando acompanhar, durante o período de um ano, idosos em idade avançada e com saúde vulnerável provenientes do SUS, o IGG está desenvolvendo a pesquisa Marcadores sociodemográficos, comportamentais, clínicos e moleculares para a identificação de idosos com risco de infecções graves pela Covid-19. Coordenada pelo diretor da instituição, Douglas Kazutoshi Sato, ela foi contemplada pelo edital PPSUS da Fapergs e é realizada em parceria com o Hospital São Lucas.
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Com esse estudo, a instituição espera compreender de que forma esses idosos são afetados pela Covid-19, como o sistema imunológico deles responde às vacinas e à infecção pelo vírus e identificar marcadores para outras infecções. A partir dos resultados dessas análises poderão ser realizadas ações de combate ao coronavírus, como a criação de protocolos clínicos específicos para o manejo da doença nessa população, o incentivo para a criação de políticas públicas de saúde voltadas à proteção do idoso no SUS, especialmente os que estão sujeitos a quadros mais graves da doença, e contribuições com o plano nacional de prevenção de infecções e vacinação em idosos.
Outra pesquisa de destaque também foi realizada pelo professor Sato, em parceria com a Universidade de Keio, em Tóquio. Denominado Hábitos comportamentais de japoneses, descendentes e não descendentes de japoneses diante da pandemia pela Covid-19, o projeto está tendo seus dados analisados, mas indica que diferenças comportamentais e culturais podem ter contribuído para a discrepância no número de contaminações ao comparar ambas as populações. O estudo foi realizado por meio de um levantamento de dados pela plataforma Qualtrics e participaram dele 4.704 indivíduos, 2.685 do Brasil e 2.019 do Japão. O objetivo é de que essa pesquisa possa auxiliar na revisão das medidas profiláticas adotadas em pandemias, identificando hábitos comportamentais preventivos que contribuem para a preservar a saúde.
Além disso, através da Unati, o IGG promoveu conteúdos, lives e cursos voltados aos idosos, incluindo eventos gratuitos. Essa é uma maneira de fornecer conhecimento a esse público, além de facilitar a interação com outras pessoas da mesma faixa etária, o que é de extrema importância durante a pandemia para auxiliar no cuidado à saúde mental do idoso.
Já o InsCer atua em duas frentes: na pesquisa e na assistência. Para oferecer o melhor resultado à população em cada uma delas, conta com um time de neurocientistas renomados internacionalmente e oferece exames de imagem com tecnologia de alto nível. Suas ações durante a pandemia foram voltadas, principalmente, a problemas cotidianos, como as dificuldades de aprendizado de crianças em idade de alfabetização sem atividades presenciais nas escolas, diagnósticos de casos suspeitos de Covid-19 e alterações neurológicas e psicológicas causadas tanto pelo isolamento social quanto pela contaminação pelo coronavírus.
Já no começo da pandemia no Brasil, em abril de 2020 o Laboratório de Biologia Molecular e Imunologia do InsCer passou a oferecer exames RT-PCR – responsáveis por detectar a infecção pela Covid-19 durante o período sintomático da doença – com resultado em 24h para empresas, escolas e pessoas físicas. Mais tarde, disponibilizou o teste RT-PCR Fast, com resultados que saem em 4h, de acordo com janelas específicas durante o dia. Todos os laudos são emitidos em português, inglês e espanhol. Além disso, também foi oferecida a coleta domiciliar do exame, no intuito de auxiliar no diagnóstico de quem não tem a possibilidade de sair de casa, como idosos acamados, por exemplo.
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Enquanto isso, pensando na realidade de ensino remoto, a qual impediu crianças de frequentarem presencialmente instituições de ensino, o Instituto desenvolveu o aplicativo Graphogame, um jogo educacional que tem como objetivo auxiliar crianças de 4 a 9 anos no processo de alfabetização. Ele chegou no Brasil por meio do Ministério de Educação, em iniciativa conduzida pelo pesquisador do InsCer, Augusto Buchweitz.
Por fim, o Instituto do Cérebro, que é referência em pesquisas sobre questões relacionadas à Neurociência, também se destacou na área durante a pandemia, liderando três importantes estudos sobre o assunto:
Além disso, pesquisas relacionadas ao coronavírus realizadas pela instituição foram publicadas em revistas internacionais.
Essa é a última de uma série de matérias que compilam ações da Universidade no combate à pandemia.
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