Alternativa de exame possibilita diminuir custos e ter resultados mais rápidos
Um novo teste que pode identificar pessoas negativas para o coronavírus foi desenvolvido por pesquisadores e professores da PUCRS. A alternativa de exame é mais barata e os resultados ficam prontos em menos tempo, sem perder o padrão de qualidade, pois também utiliza metodologia de diagnóstico molecular, usado no exame padrão.
Como funciona o novo teste
O novo teste é voltado para pessoas com ou sem sintomas da doença e utiliza como amostragem para detectar as partículas virais com uma coleta de secreção no nariz e na garganta. Essa metodologia utiliza insumos mais baratos e realiza a detecção do vírus por amplificação direta. “Nosso protocolo não irá substituir os padrões ouro. Nossa proposta é de realizar uma triagem em larga escala de indivíduos negativos para SARS-CoV-2 e a sugestão de retestagem para casos positivos através dos protocolos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) ou CDC.”, explica Daniel Marinowic, coordenador do projeto e professor da Escola de Medicina da PUCRS.
Isso pode contribuir para o descongestionamento do Sistema de Saúde e permitir a triagem em larga escala para empresas e demais corporações interessadas. O exame não utiliza as sondas usadas no teste padrão, pois é isso que o torna mais caro e com recursos insuficientes para dar conta da procura.
O laboratório tem capacidade para fazer 80 testes a cada três horas, que são realizados no Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer). As amostras de pacientes internados no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) também foram analisadas para comparar os exames.
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Teste mais acessível
O valor dos insumos para casa exame sai por cerca de 50 reais, enquanto o valor dos insumos para o teste padrão custa aproximadamente 150 reais.
O que torna o procedimento mais ágil é que, além do protocolo utilizado ser mais rápido, o laboratório de Biologia Molecular do InsCer estará plenamente dedicado a esses testes. “Estamos finalizando as validações junto aos órgãos competentes para tão logo disponibilizar a população. Está em fase final de validação”, conta Marinowic.
Por trás da pesquisa
Além do professor Daniel Marinowic, estão envolvidos(as) na pesquisa Denise Cantarelli Machado, professora da Escola de Medicina e pesquisadora do InsCer; Gabriele Zaniati, pós-doutoranda do InsCer; Felipe Fortes Rodrigues, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde (PPGMCS) e pesquisador do InsCer; Mateus Grahl, doutorando do PPGMCS e pesquisador do InsCer; Allan Alcará, mestrando do Pós-Graduação em Medicina, Pediatria e Saúde da Criança (PPGMPSC) e pesquisador do InsCer e o professor Jaderson Costa da Costa, coordenador geral do projeto, diretor do InsCer e vice-reitor da PUCRS.
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