Educação e Psicologia pautam seminário com Universidade Marcelino Champagnat

PUCRS e instituição peruana promoveram semana de pós-graduação de 25 a 28 de setembro

03/10/2017 - 14h50
Ir. Marino Latorre Ariño,Universidade Marcelino Champagnat,Seminário Integración del postgrado entre Brasil y Perú: una visión del área de Psicología y Educación

Ir. Marino Ariño
Foto: Camila Cunha/PUCRS

A Universidade recebeu, de 25 a 28 de setembro, uma comitiva com 20 pessoas do Peru, entre mestrandos e pesquisadores, para o evento Integración del postgrado entre Brasil y Perú: una visión del área de Psicología y Educación. A atividade, promovida pelos programas de Pós-Graduação em Psicologia e em Educação da PUCRS e pela Universidade Marcelino Champagnat, contou com a presença do reitor da Universidade Marcelino Champagnat, Ir. Pablo González Franco, e do diretor do Pós-Graduação, Ir. Marino Latorre Ariño.

Em palestra sobre o paradigma sociocognitivo como porta de entrada na sociedade do conhecimento, Ariño abordou o contexto da educação no século 21; o que é educar hoje, por que e para que um desenho curricular novo se faz necessário; e como colocar o novo desenho curricular em prática. “Corremos o perigo de educar os estudantes para um mundo que não existe mais. Se educarmos tendo em vista o mundo como foi na nossa época, não será eficaz. A situação de muitos professores é parecida com a de um ator num monólogo. Mesmo que seja um assunto triste, os alunos podem estar rindo, porque ficam em outro mundo. Não há conexão entre a fala dos educadores e a recepção dos alunos”, destacou.

O diretor do Pós-Graduação da instituição peruana também ressaltou que a informação passa pela mente para se tornar conhecimento, e o papel da Universidade é facilitar e estimular esse processo. O docente classifica o século 21 com base em quatro conceitos, características do cenário atual da sociedade: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Relembrando o sociólogo Zygmunt Bauman, disse que “a modernidade é líquida, e importante não é ser estável. Como será o futuro? E, mais importante, como educar para um mundo que ainda não existe?”, questionou. A saída, segundo ele, é prestar atenção nas pistas de agora. “Podemos tentar orientar a partir delas. Para imaginá-las, precisamos desenvolver nossa inteligência, nosso coração e nossa consciência”, afirmou.

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