Documentário mostra iniciativas de paz promovidas por crianças de projetos sociais

Filme será lançado no dia 19 de agosto em Porto Alegre

Por: Greice Beckenkamp

08/08/2016 - 15h09

Uma criança nascida e criada em uma favela pode ser uma propagadora da paz, em meio a uma rotina de muita violência? Com inúmeros e emocionantes exemplos positivos, o documentário Infância Falada prova que esta é uma realidade possível. Produzido pelo Centro de Análises Econômicas e Sociais da PUCRS (Caes) e pela Conta Pra Mim Filmes, o trabalho será lançado oficialmente no dia 19 de agosto, no Instituto Goethe, em Porto Alegre. O evento ocorre às 19h, terá entrada franca e é aberto a interessados no tema.

 

O Documentário

Documentário Infância Falada

Foto: Divulgação

Fruto da pesquisa Infância e Violência: Cotidiano de Crianças Pequenas em Favelas do Rio de Janeiro, Recife e São Paulo, o vídeo tem direção do professor da PUCRS Hermílio Santos e da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Kamila Almeida. Foram quatro meses de filmagens, acompanhando crianças participantes dos projetos sociais Fundação Casa Grande, em Nova Olinda, Ceará; Ser Criança, de Araçuaí, Minas Gerais; Favela News, de Recife; Orquestra Maré do Amanhã, do Rio de Janeiro; e Caminhos da Leitura, de São Paulo.

Em 53 minutos e com versões em inglês e alemão, o filme é permeado por depoimentos emocionantes e manifestações artísticas dos pequenos, mostrando que suas vidas mudaram muito com as iniciativas sociais. São inúmeros exemplos de crianças e jovens que conseguiram ensinar suas famílias a resolver conflitos por meio do diálogo, com o sonho de levar a paz para sua comunidade. A pesquisa e o documentário foram financiados pela Fundação Bernard van Leer, da Holanda.

 

Confira alguns depoimentos presentes no documentário:

“Estar ocupado fez com que eu não entrasse para o tráfico”

“Se você tem um problema e vai resolver com violência, vai criar outro problema, pior ainda”

“A Orquestra me tirou do chão, eu estava em depressão”

“Depois que eu entrei para o projeto eu levei tudo que aprendi para casa, resolvemos todas os conflitos na conversa “

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