O Programa de Educação Tutorial, em sua origem denominado Programa Especial de Treinamento (PET), destina-se a alunos com elevado nível intelectual e destacado desempenho acadêmico nos cursos de graduação e tem como objetivo fundamental garantir ao estudante uma formação mais qualificada, tanto para realizar estudos avançados quanto para o exercício profissional.
Diferentemente do bolsista de Iniciação Científica, que desenvolve atividades centradas eminentemente na pesquisa, o aluno-bolsista do PET realiza um leque mais amplo de atividades, atuando não apenas em projetos de pesquisa, mas envolvendo-se também em atividades de ensino e de extensão. O Programa sempre visou à formação de profissionais de alto nível para todos os segmentos do mercado de trabalho, com destaque especial para a carreira universitária.
Em sua origem, o PET foi concebido na forma de grupos tutoriais para exercer o efeito multiplicador nos cursos de Graduação nas Universidades brasileiras. Cada grupo é formado por 12 bolsistas e um professor-tutor. Segundo Dantas (1995), a missão do tutor é estimular a aprendizagem ativa, seguindo uma metodologia especial que procura valorizar vivências, reflexões e discussões, num clima de informalidade e cooperação. Em cada curso de Graduação, apenas um grupo pode existir.
O PET dispõe de um Manual de Orientações (a primeira versão, elaborada pela CAPES, foi atualizada e aprovada pela SESu em 2002*), onde constam todas as diretrizes que norteiam os procedimentos dos grupos.
* A versão atualizada do Manual encontra-se disponível no site do MEC: http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/PET/pet_manual_basico.pdf.
O Programa foi implantado pela CAPES (Capacitação de Pessoal para o Ensino Superior) em boa parte das Universidades públicas brasileiras nos fins da década de 70. Passados cerca de dez anos de sua criação, houve uma ampliação do número de grupos no País, começando a ser implantado também em algumas Universidades privadas.
Em novembro de 1991, quatro grupos da PUCRS – Biologia, Informática, Letras e Psicologia – foram incluídos no Programa, uma vez que tiveram suas propostas aprovadas pela CAPES.
Após serem constituídos, os quatro grupos passaram a funcionar regularmente. Em pouco tempo seu desempenho foi reconhecido pelos avaliadores da CAPES, no período em que a avaliação era realizada por especialistas indicadas por esse órgão.
Todavia, em 1999, a alta direção da CAPES considerou que o Programa já tinha cumprido as suas finalidades e resolveu extingui-lo, levando os grupos a vivenciarem uma longa crise de sobrevivência. Por isso, durante alguns anos tornou-se freqüente o deslocamento de bolsistas e professores de todos os pontos do País para Brasília, a fim de participarem de ações que visavam a sensibilizar as autoridades responsáveis pela manutenção do Programa. Movimentos de toda ordem foram desencadeados nas mais diversas regiões, no sentido de estimular alguns dos segmentos mais influentes da sociedade a se manifestarem sobre a relevância do PET, e, desse modo, demover o intento de desativá-lo. Um desses momentos foi intensamente vivido na PUCRS, durante o III ENESPET, realizado no período de 21 a 23 de agosto de 1997. Nessa época, em todos os Estados, os grupos reivindicaram o apoio explícito de diversos segmentos da sociedade em favor da causa do PET.
Contudo, não obstante forte movimento de luta desencadeado pelos grupos em âmbito nacional, o Programa, no ano de 2000, não pode impedir a sua transferência da CAPES para a SESu (Secretaria de Ensino Superior), mais especificamente para o DEPEM (Departamento de Projetos Especiais de Modernização e Qualificação do Ensino Superior). Esse ato implicou severas mudanças nas regras de condução do Programa, sendo a mais drástica a perda das taxas acadêmicas que, semestralmente, eram destinadas aos grupos para a sua manutenção. Também houve mudanças com relação aos órgãos responsáveis pelo PET nas Instituições, uma vez que este não foi mais gerenciado pelas Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação e sim pelas Pró-Reitorias de Graduação. Além disso, a partir de outubro de 2001, o número de bolsistas nos grupos foi alterado, passando de 12 para 9 bolsistas*.
* Em outubro de 2005, o número de bolsistas voltou a ser 12.
O grupo PET-Letras deve sua existência, em boa parte, ao estímulo recebido do Professor Dr. Irmão Elvo Clemente, no período de 1989-1990, quando era Pró-Reitor de Extensão Universitária e Professor do Curso de Pós-Graduação em Letras. A colaboração desse educador foi muito importante para o grupo, não apenas no momento da elaboração da proposta para a CAPES, mas ainda quando se tratou de conseguir um espaço físico para alocar o grupo na Universidade. Na primeira década de sua existência, o grupo contou também com o apoio do então Diretor da Faculdade de Letras, Professor Dr. Irmão Mainar Longhi, o qual sempre deu ao grupo plena liberdade para tomar iniciativas, implementar novas atividades e exercer seu efeito multiplicador.
Desde sua criação, em 1991, o grupo PET-Letras tem procurado desenvolver ações capazes de trazer benefícios não apenas aos graduandos e pós-graduandos do Curso de Letras, mas também a outros segmentos da comunidade local. Nesse sentido, não se restringe a promover a cultura humanística através da realização de seminários, cursos, encontros e palestras – convidando a comunidade acadêmica e outros segmentos da sociedade a participarem dos eventos promovidos – mas também realiza atividades de natureza social, desenvolvendo tarefas em asilos, em escolas da periferia, em praças públicas e em outros locais.
Do ponto de vista de sua especificidade, isto é, como grupo da área de Letras, caracteriza-se, fundamentalmente, por atitudes e ações que buscam aprofundar o conhecimento da linguagem como fenômeno humano universal, priorizando a pesquisa, a fim de compreender os aspectos formais, sociais, bio-psíquicos, artísticos e funcionais da linguagem.
Todo o aluno que ingressa na Escola de Humanidades, curso Letras, da PUCRS pode, a partir do II semestre do curso, concorrer a uma bolsa do PET, desde que, para tanto, apresente importantes características, tais como: comprometimento com sua produtividade acadêmica e com a dos colegas da graduação, conduta eticamente correta, disponibilidade e vontade para trabalhar, aprender e crescer*.
Atualmente, a tutoria do PET-Letras é exercida pela Profa. Dra. Cristina Becker Lopes Perna , que é parte do corpo docente da Escola de Humanidades, lecionando para a graduação.
Desde a implantação do grupo até março de 2007, a tutoria foi exercida pela Professora Dra. Maria Tasca, que, além dessa função, prestou serviços de consultoria para o PET em Brasília, a convite da CAPES, no período de 1993 a 1996. Até o início de 2010 o PET-Letras esteve sob tutoria da Professora Dr. Ana Maria Tramunt Ibaños.
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“Todo o aluno que ingressa na Escola de Humanidades, curso Letras, da PUCRS pode, a partir do II semestre do curso, concorrer a uma bolsa do PET, desde que, para tanto, apresente importantes características, tais como: comprometimento com sua produtividade acadêmica e com a dos colegas da graduação, conduta eticamente correta, disponibilidade e vontade para trabalhar, aprender e crescer.”
TASCA, Maria (organizadora). Trajetória do Programa de Educação Tutorial na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – de novembro de 1991 a junho de 2004. EDIPUCRS: Porto Alegre, 2004.
As datas de seleção de bolsista serão divulgadas em editais expostos no prédio da escola de Humanidades e na página no PET-Letras.
Os bolsistas são remunerados – recebem bolsa-auxílio da SESu (Secretaria de Educação Superior) – mas há possibilidade de os candidatos classificados na seleção serem Petianos voluntários ou colaboradores*, até que surjam novas vagas.
Outros grupos PET da PUCRS:
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Escola de Humanidades – PET-Letras
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Telefone: (51) 3320-3500 – ramal 8289
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