Apresentação

A estreia da orquestra

Draiton Gonzaga de Souza, decano da Escola de Humanidades

Draiton Gonzaga de Souza, decano da Escola de Humanidades

Nos últimos decênios, a quantidade de conhecimentos acerca do ser humano aumentou de uma maneira impressionante nas mais diversas áreas de conhecimento, que, no entanto, abarcam apenas dimensões parciais. Não obstante esse vertiginoso avanço, permanece atual a frase do renomado filósofo alemão Martin Heidegger, apontando para o caráter paradoxal dessa situação: “Nenhuma época soube tantas e tão diversas coisas do homem como a nossa. Mas, em verdade, nunca se soube menos o que é o ser humano”.

Com a Escola de Humanidades, a PUCRS tem por objetivo superar essa tendência de fragmentação e refletir sobre o ser humano como totalidade de sentido, na esteira da frase lapidar de Fernando Pessoa: “Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tange e range, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia”. E fazendo uso da metáfora musical, queremos realizar essa tarefa, não enquanto indivíduos isolados, mas como orquestra. Tenho a convicção de que os membros da Escola dominam seus instrumentos musicais, conhecem bem suas respectivas partituras. No entanto, o espírito da Escola vai além dessa dimensão: não basta termos excelentes solistas.

É necessário executarmos a peça musical em conjunto, ouvindo-nos mutuamente! E esse será um aprendizado gradativo e permanente nos próximos anos.

Esperamos, assim, com nossas atividades acadêmicas, poder colaborar para a promoção de todos os seres humanos e todo ser humano, numa Universidade de excelência como a PUCRS.


O que é a Escola de Humanidades?

A Escola de Humanidades reúne onze cursos – Ciências Sociais, Escrita Criativa, Filosofia, Geografia, História, Letras: Língua Inglesa, Letras: Língua Portuguesa, Pedagogia, Relações Internacionais, Serviço Social e Teologia –, além dos seus programas de pós-graduação em áreas afins. A união de áreas e saberes visa promover a interdisciplinaridade, aproximar docentes e discentes em campos comuns no ensino, na pesquisa e na extensão, além de buscar uma maior eficiência nos processos administrativos