Em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da PUCRS (2023 – 2027) e em conformidade com as DCNs do curso de Fisioterapia, o egresso do curso de Fisioterapia da PUCRS é reconhecido como um profissional reflexivo, autônomo, crítico, cooperativo e engajado na educação continuada, alinhado com os desafios contemporâneos. A proposta Marista valoriza a empatia, a compreensão integral do paciente, uma abordagem preventiva e educacional, a dignidade e o respeito à pessoa, e o cuidado centrado nas pessoas nas diferentes fases do ciclo vital, priorizando o humanismo antes das evidências terapêuticas. Assim, a formação de fisioterapeutas de excelência deve garantir profissionais preparados para atuar com competência técnica, ética, empatia e responsabilidade social, atendendo às demandas específicas de cada área e contribuindo para a saúde e o bem-estar da comunidade.

O Curso de Graduação em Fisioterapia da PUCRS forma profissionais com perfil generalista, humanista, capacitados a atuar em todos os níveis de atenção à saúde com base no rigor científico e intelectual. Os egressos possuem uma visão ampla e global, respeitando os princípios éticos, bioéticos e culturais do indivíduo e da coletividade. Eles são preparados para ter como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, seja nas alterações patológicas e cinético-funcionais, seja nas suas repercussões psíquicas e orgânicas.

O objetivo da formação é capacitar o fisioterapeuta a preservar, desenvolver e restaurar a integridade de órgãos, sistemas e funções, a partir da elaboração do diagnóstico físico e funcional, bem como a eleger e executar os procedimentos fisioterapêuticos pertinentes a cada situação. Esta formação abrangente e integrada visa preparar os estudantes para enfrentar os desafios da prática profissional com competência, ética e inovação, contribuindo para a melhoria da saúde e bem-estar da sociedade.

O fisioterapeuta graduado na instituição, por meio de um percurso formativo flexível e enriquecido por experiências interprofissionais, estágios em contextos diversos, tanto próprios quanto ligados a parceiros externos, e iniciativas empreendedoras e inovadoras, emerge como um profissional proativo, crítico e reflexivo, dotado de uma formação generalista, científica e comprometida eticamente com a sociedade, desempenhando um papel colaborativo como agente transformador na saúde e na área da Fisioterapia.

Seu campo de estudo é o movimento humano em todas as suas manifestações e potencialidades, visando promover, manter, prevenir, proteger e recuperar a saúde das pessoas sob uma perspectiva de integralidade. Ele se engaja em ações de saúde, incluindo a avaliação física e funcional, o planejamento e a execução de intervenções fisioterapêuticas adequadas a cada situação, além da transição do cuidado seja entre profissionais e/ou serviços nos diferentes níveis de atenção do sistema de saúde vigente.

O fisioterapeuta formado na PUCRS deve possuir um profundo conhecimento das bases da ciência fisioterapêutica, fundamentado nos princípios educativos do “aprender a ser, conhecer e fazer”, com base no respeito à individualidade. O perfil do graduado está alinhado com as competências e habilidades gerais e específicas delineadas nas DCNs para os Cursos de Fisioterapia, conforme o parecer CNE/CES nº 4/2002 e Resolução CNE/CP nº 1/2021.

As competências do egresso incluem excelência técnica e clínica, capacidade de aprendizado independente e contínuo, habilidade de comunicação, empatia e sensibilidade cultural, mentalidade inovadora, habilidades para implementar a pesquisa na prática, flexibilidade e resiliência, cooperação e trabalho em equipe, gestão e liderança, ética e profissionalismo. A compreensão das necessidades atuais do envelhecimento, juntamente com a visão sobre inovação e empreendedorismo na saúde, é crucial para o egresso do curso de Fisioterapia, uma vez que a população global está envelhecendo rapidamente, exigindo abordagens terapêuticas inovadoras e eficientes. O fisioterapeuta deve estar apto a desenvolver e implementar estratégias de cuidado que atendam às demandas específicas das pessoas idosas, promovendo a manutenção da funcionalidade e a qualidade de vida. Além disso, a capacidade de inovar e empreender é essencial para a criação de soluções adaptativas e sustentáveis, permitindo a integração de novas tecnologias e metodologias no campo da saúde. Essa visão abrangente e contemporânea capacita o egresso a se posicionar de forma competitiva no mercado de trabalho, contribuindo significativamente para o avanço da prática fisioterapêutica e para a melhoria dos serviços de saúde destinados à população idosa.

O egresso, portanto, possui competências técnicas-científicas, habilidades e atitudes que abrangem o cuidado, a gestão, a inovação e o empreendedorismo em saúde, dentro de uma perspectiva interprofissional e interdisciplinar com foco nas necessidades regionais atuais. Dessa forma, portanto, torna-se um profissional ético e crítico, consciente das implicações profissionais e educação para a saúde, engajado nas políticas sociais, culturais, econômicas, ambientais e tecnológicas, comprometido com o aprimoramento contínuo de suas competências profissionais, proativo na tomada de decisões, resiliente, comunicativo, flexível, solidário e dotado de liderança. Além disso, estabelece-se como indivíduo propositivo e resolutivo no trabalho em equipe, grupos e redes, atuando com respeito, cooperação, iniciativa e responsabilidade social.

A abordagem dos desafios globais depende cada vez mais de ecossistemas de inovação embasados em uma sólida produção científica, visando a construção de um mundo justo e sustentável. O estudante desenvolverá, com esse conceito, ao longo de sua formação um conjunto de competências que promovam sua aptidão para o mercado de trabalho, bem como para a resolução de problemas cotidianos, a geração de conhecimento e a construção de uma sociedade justa e solidária.

A atuação na reabilitação esportiva e na fisioterapia dermatofuncional, descritos na pesquisa da ASPLAN, é de fundamental importância no contexto do curso de Fisioterapia, especialmente considerando as demandas do mercado de trabalho altamente competitivo. A reabilitação esportiva, ao focar na prevenção, tratamento e recuperação de lesões relacionadas ao esporte, atende a uma crescente demanda por profissionais especializados em um cenário onde o desempenho físico é cada vez mais valorizado. Paralelamente, a fisioterapia dermatofuncional, que abrange tratamentos estéticos e de disfunções relacionadas à pele e tecidos subjacentes, responde à expansão do setor de estética e bem-estar, que exige profissionais capacitados para atuar com eficácia e segurança. Assim, a incorporação dessas áreas no currículo do curso não só amplia a empregabilidade dos futuros fisioterapeutas, mas também os prepara para enfrentar os desafios e as oportunidades de um mercado que valoriza a especialização e a qualificação técnica.

De acordo com os órgãos de classe, como o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), e alinhado com os princípios da educação Marista, que valorizam a formação ética, humanista, integral e o compromisso social, o egresso é capacitado com conhecimentos avançados em diversas áreas relevantes para a reabilitação, funcionalidade e qualidade de vida da população.

Competências e Habilidades Específicas:

• Respeitar os princípios éticos inerentes ao exercício profissional;
• Atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o;
• Atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde baseado na convicção científica, de cidadania e de ética;
• Realizar consultas, avaliações e reavaliações do paciente colhendo dados, solicitando, executando e interpretando exames propedêuticos e complementares que permitam elaborar um diagnóstico cinético-funcional, para eleger e quantificar as intervenções e condutas fisioterapêuticas apropriadas, objetivando tratar as disfunções no campo da Fisioterapia, em toda sua extensão e complexidade, estabelecendo prognóstico, reavaliando condutas e decidindo pela alta fisioterapêutica;
• Elaborar criticamente o diagnóstico cinético funcional e a intervenção fisioterapêutica, considerando o amplo espectro de questões clínicas, científicas, filosóficas, éticas, políticas, sociais e culturais implicadas na atuação profissional do fisioterapeuta, sendo capaz de intervir nas diversas áreas onde sua atuação profissional seja necessária;
• Exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social, além de seus diferentes modelos de intervenção, atendendo ao sistema de saúde vigente no país, à atenção integral da saúde no sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contrarreferência e o trabalho em equipe;
• Desempenhar atividades de planejamento, organização e gestão de serviços de saúde públicos ou privados, além de assessorar, prestar consultorias e auditorias no âmbito de sua competência profissional;
• Emitir laudos, pareceres, atestados e relatórios;
• Prestar esclarecimentos, dirimir dúvidas e orientar o indivíduo e os seus familiares sobre o processo terapêutico;
• Realizar a transição do cuidado, encaminhando o paciente, quando necessário, a outros profissionais relacionando e estabelecendo um nível de cooperação com os demais membros da equipe de saúde;
• Manter controle sobre a eficácia dos recursos tecnológicos pertinentes à atuação fisioterapêutica garantindo sua qualidade e segurança;
• Conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos;
• Conhecer os fundamentos históricos, filosóficos e metodológicos da Fisioterapia.

Os candidatos aos cursos da PUCRS podem valer-se das seguintes modalidades de acesso: Concurso Vestibular, Vestibular Complementar, Transferência, Ingresso mediante diploma de curso superior ou PROUNI. Existe, também, a possibilidade de ingresso como estudante-convênio, dentro do limite de vagas estabelecido no respectivo convênio. A mudança de curso por reopção poderá ser solicitada pelo aluno mediante oferta prevista em edital, e poderá ser concedida, na existência de vaga, pelo Coordenador do curso a que está vinculado o curso pretendido.

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De acordo com o Regimento Geral da PUCRS, o sistema de avaliação define-se conforme descrito abaixo:

Art. 78 – O aproveitamento escolar semestral do aluno em uma disciplina, denominado G1, é expresso por um grau de 0 (zero) a 10,0 (dez), com uma casa decimal.

• 1º – A forma de obtenção do grau G1 é definida no Projeto Pedagógico do Curso e no plano de ensino de cada disciplina.
• 2º – O grau G1 é expressão da aprendizagem obtida por meio de instrumentos e procedimentos como um conjunto de verificações, exercícios, trabalhos teórico-práticos, projetos e/ou atividades, relatórios, de acordo com as peculiaridades da disciplina.
• 3º – O docente responsável pela disciplina deve apresentar aos alunos, no primeiro dia de atividades letivas de cada semestre os critérios e as modalidades de instrumentos de avaliação e a forma de cálculo para obtenção do grau G1, juntamente com o cronograma da disciplina.
• 4º – Os critérios de avaliação e a forma de cálculo de obtenção do grau G1 não podem ser alterados durante o semestre.

Art. 79 – O aluno está aprovado na disciplina quando obtém grau G1 igual ou superior a 7,0 (sete) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária total da disciplina.

Parágrafo único – O resultado do grau G1 deve ser divulgado para os alunos no prazo de até 2 (dois) dias úteis após a última aula da disciplina, prevista no calendário acadêmico da Universidade.

Os estágios obrigatórios são exigências das DCNs do curso de graduação em Fisioterapia, sendo condição indispensável para a conclusão do curso. Para a realização destes estágios, o aluno deverá atender a todos os requisitos, conforme previsto na estrutura curricular do curso, e ter efetivação da matrícula na disciplina do estágio correspondente.

O estágio curricular do Curso de Fisioterapia conta com normas próprias, as quais foram aprovadas em 2015, implantadas em 2016 e revisadas em 2020 pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Fisioterapia (Anexo 11 – Normas e Rotinas do Estágio), sendo dimensionado no total de 1105 horas, a serem realizadas no período de 15 meses (3 semestres), na forma de estágio I, II e III. O turno do estágio poderá ser manhã ou tarde. Os cenários de estágio curricular estão divididos em área hospitalar, ambulatorial e comunitária.

O estágio na área hospitalar, realizado no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL-PUCRS) e hospitais conveniados, abrangendo as Unidades de Tratamento intensivo e as Enfermarias Adulto e Pediátrica. Os estágios em área ambulatorial e em área comunitária, serão desenvolvidos no  Centro de Reabilitação da PUCRS  e no Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF/PUCRS) respectivamente, além  de instituições conveniadas.

Os cenários de estágio estão alocados de forma a atender aos três níveis de atenção à saúde e às diretrizes curriculares da Fisioterapia. Buscam propiciar vivências da práxis da Fisioterapia em situações reais de trabalho tanto em nível de prevenção, quanto de promoção e reabilitação da saúde das pessoas.

No estágio curricular, o curso de Fisioterapia, intensifica o desenvolvimento das competências para formação profissional no contexto da integralidade, bem como o aprofundamento de questões teórico-práticas específicas. Neste sentido, a supervisão docente se faz necessária de uma forma bastante intensa devido ao cuidado para com a saúde das pessoas que serão atendidas pelos acadêmicos. Ao contrário de outras profissões da área da saúde, que possuem o treinamento intenso ao longo do curso, os currículos dos cursos de fisioterapia, embora estruturados em mecanismos de complexidade crescente e inserção ao longo do curso do contato com a prática profissional, intensificam no estágio curricular uma parcela importante do treinamento exigido para formação profissional. Dentro da trajetória do estágio curricular habilidades e competências profissionais são desenvolvidas como treinamento supervisionado de técnicas de fisioterapia respiratória, musculoesquelética, dermatofuncional, neurofuncional e fisioterapia aquática. Além disso, a capacidade de resolução de problemas práticos, liderança, trabalho integrado em saúde e interdisciplinariedade são tópicos a serem desenvolvidos em âmbito do estágio, tornando a conexão entre teoria, prática e inserção no mercado de trabalho mais efetiva.

Nos cenários onde ocorrem os estágios curriculares obrigatórios do Curso de Fisioterapia, atendendo as diretrizes da Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que regulamenta o estágio curricular obrigatório e não obrigatório de todas as categorias profissionais do país, a equipe é formada pelo orientador de estágio (professor do curso de fisioterapia), supervisor de estágio (fisioterapeuta disponibilizado pela instituição que recebe os estagiários) e o coordenador geral dos estágios (professor do curso de fisioterapia em regime de tempo integral).

Considerando ser o estágio um ato educativo supervisionado, desenvolvido nos diversos cenários de práticas, no contexto de articulação ensino-serviço, no ambiente de trabalho e que visa à formação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em Instituições de Ensino Superior – IES, é importante o conhecimento e cumprimento das normativas federais e do conselho de classe.